Restrições para conter a pandemia no Paraná são aprovadas!
A Comissão de Acompanhamento e Controle de Propagação do novo coronavírus da Universidade Federal do Paraná (UFPR) fez um estudo sobre as consequências da doença no Paraná.
O resultado recomenda a adoção de medidas consistentes para conter a elevação da curva de infecção, que tem gerado pressão no sistema de saúde ainda abalado pela alta de casos a partir de março de 2021. Apesar da recomendação, a conclusão da comissão apontou que as medidas adotadas pelo Governo do estado do Paraná e pelas prefeituras conseguiram conter o avanço da onda que se estabeleceu em fevereiro, março e abril/2021.
A avaliação foi baseada nos números da doença no Paraná, os índices de ocupação de leitos hospitalares, de distanciamento social de casos e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A análise oferece subsídios para tomada de decisões sobre a pandemia por parte das autoridades sanitárias.
No estudo, a comissão acredita que as medidas de distanciamento social, uso de máscaras e de higiene com álcool apropriado são os primeiros passos para diminuir os casos. Já o descumprimento pode acarretar no aumento dos índices de infecção, nas taxas de internamento e de mortes. Consequentemente, as autoridades são obrigadas a adotar medidas mais restritivas, que podem afetar o comércio e a economia (lockdown).
A comissão ressalta que as medidas adotadas pelo Governo do Estado e pelas prefeituras conseguiram conter o avanço da onda que se estabeleceu em fevereiro, março e abril/2021, mas os indicadores de alerta já apontam para que se tenha extrema atenção com uma possível retomada na escalada de casos. Uma das preocupações é quanto à taxa de ocupação de UTIs que segue muito alta. Por exemplo, em Curitiba a taxa de ocupação de UTIs exclusiva Covid-19 é superior a 90% e o sistema trabalha a plena capacidade há quase 3 meses (no sábado, dia 22 de maio, 96% em UTIs). No resto do estado do Paraná a situação é semelhante, com todas as macrorregiões apresentando ocupação de leitos de UTI exclusiva para Covid-19 também acima de 90%.
“O atual esgotamento leitos de UTI Covid-19 demonstra que o sistema de saúde não suportará uma nova escalada nos números de internamento e, por isso, reforçamos a necessidade de conter a taxa de transmissão do SARS-CoV-2”, diz o estudo.
O estudo recomenda novas campanhas de distanciamento social, mantendo a conscientização do uso de máscara e higienização com álcool gel, com objetivo de manter reduzida a taxa de mobilidade, com um mínimo de efeito sobre as atividades econômicas. “Isso permitiria conter uma nova curva ascendente de casos que poderia retardar a readoção das medidas restritivas”, reforça o trabalho da UFPR.