Alimentos e transporte coletivo penalizaram os mais pobres!
O aumento nos preços dos alimentos e reajustes em tarifas de transporte coletivo penalizaram mais os brasileiros mais pobres em janeiro, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostra que as famílias com renda mais baixa sentiram uma inflação de 0,41% em janeiro. No mesmo período, o custo de vida aumentou 0,25% para as famílias de renda mais elevada. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 0,32% em janeiro.
“Observa-se que a inflação das famílias de menor poder aquisitivo (0,41%) foi 0,16 p.p. (ponto porcentual) maior que a observada nas classes mais ricas, influenciada, sobretudo, pelos aumentos dos preços dos alimentos, em especial cereais (4,4%), frutas (5,5%) e leites e derivados (1,1%), além dos reajustes das tarifas de ônibus urbano (2,7%), trem (2,7%) e metrô (3,0%)”, enumerou o Ipea, na Carta de Conjuntura que trata do indicador.
O indicador separa por seis faixas de renda familiar as variações de preços medidas pelo IPCA. Os grupos vão desde uma renda familiar de até R$ 1.566,24 por mês, no caso da faixa com renda muito baixa, até uma renda mensal familiar acima de R$ 15 662,44, no caso da renda mais alta.
A taxa de inflação das famílias de renda mais baixa acumulada em 12 meses até janeiro de 2019 ficou em 3,72%, ainda mais baixa que a da faixa de consumidores mais ricos, de 3,81% no período. O IPCA acumulado em 12 meses até janeiro de 2019 foi de 3,78%.