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Motociclistas são as maiores vítimas de acidentes no Brasil
As mortes em acidentes de trabalho aumentaram em 2022 e os entregadores que usam motocicletas são os que correm mais risco. Quem trabalha com motos está mais vulnerável no trânsito. E com o crescimento do serviço de delivery, impulsionado na pandemia, são mais motociclistas circulando pelas ruas. A imprudência está nos dois lados: em quem está na moto e no motorista do carro.
Em 2022 foram quase 613 mil acidentes de trabalho em diversas áreas, 2500 pessoas morreram. 7% a mais que no ano anterior. Os dados são do Observatório de Segurança e Saúde.
As motos foram as principais responsáveis pelos acidentes de trabalho em todo o Brasil. Em 2022 foram 24.642 acidentes envolvendo motociclistas no País. Para o Ministério Público do Trabalho, o aumento tem a ver com a situação econômica trazida pela pandemia, e esse número pode ser ainda maior.
Só na cidade de São Paulo, quase metade das mortes em acidentes de trânsito é de motociclistas. E segundo estimativas da Organização Internacional do Trabalho, doenças e acidentes de trabalho fazem a economia perder cerca de 4% do produto interno bruto. Na capital paulista350 mil pessoas fazem entrega usando motos, mais de 1,5 milhão em todo o País.
Para Gilberto Almeida, presidente da Federação Brasileira dos Motociclistas Profissionais, as empresas e entregadores têm que focar na qualificação.
“Você tem que ter um curso de 30 horas regulamentado pelo Detran, né? Vai na habilitação, onde nesse curso você aprende como se comportar o trânsito e todas as questões que envolvem as particularidades que o exercício da nossa atividade, que é uma atividade de risco, tem”, comenta Gilberto.