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MENTIRA MALVADA...
MACACO NÃO TRANSMITE VARÍOLA
Apesar do nome, os macacos são vítimas como os humanos...
Publicado em 26/08/2022 às 13:53 Italo
MACACO NÃO TRANSMITE VARÍOLA

Com mais de 800 casos notificados no Brasil, a varíola dos macacos tem causado apreensão. Defensores ambientais e profissionais da medicina alertam que, apesar do nome, os macacos não são reservatórios ou transmissores do vírus que causa a doença. Todas as transmissões identificadas até o momento pelas agências de saúde foram atribuídas à contaminação por transmissão entre pessoas.

“É importante ressaltar que os macacos (primatas não-humanos) não são os ‘vilões’, e sim vítimas como nós (humanos), e não devem sofrer nenhuma retaliação, tais como agressões, mortes, afugentamento, ou quaisquer tipos de maus tratos por parte da população. O receio de contágio por transmissão desta e de outras doenças, como a febre amarela, pela proximidade com os macacos não se justifica”, diz o comunicado da Sociedade Brasileira de Primatologia, lançado ainda em maio – antes do Brasil ter seu primeiro caso confirmado.

Também a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo publicou um comunicado reforçando que os macacos, assim como o homem, são hospedeiros acidentais. “O alerta é importante para que a população tenha consciência de que a espécie não é responsável pela existência do vírus e nem por sua transmissão”, diz o texto.

CRIME AMBIENTAL

Segundo o Art. 29 da Lei n° 9.605/98 é crime ambiental “Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida”, o que pode gerar pena de seis meses a um ano de detenção, mais multa.

Além de ato cruel e criminoso, vale ressaltar que os primatas fazem parte da nossa biodiversidade, possuem papel fundamental na manutenção das florestas, além de auxiliarem nos serviços ecossistêmicos.

A varíola dos macacos é uma doença causada por um vírus chamado Monkeypox, semelhante ao da varíola comum (Smallpox), que pertence ao gênero ortopoxvírus da família Poxviridae. No surto atual da doença, que atinge múltiplos países a transmissão acontece principalmente de uma pessoa para outra por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama e de banho.

“A varíola dos macacos é uma doença causada por um vírus, que foi diagnosticada e identificada pela primeira vez no século passado, que não tem nada a ver com macacos. Na verdade, ela foi identificada primeira nos macacos e, por isso, ficou conhecida no mundo científico como ‘varíola dos macacos'”, afirma o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros.

MUDANÇAS NO NOME DA DOENÇA

Para evitar que haja estigma e preconceito contra os indivíduos infectados e situações de maus tratos contra os animais, cientistas da área defendem que a doença seja nomeada no Brasil exclusivamente como “monkeypox” (mesmo nome do vírus), uma vez que o surto atual não tem relação com primatas.

“Precisamos parar de nomear a varíola dos macacos dessa maneira, por que ela leva a um erro de correlação com os símios, com os macacos, e já foi nomeada como Monkeypox pela Organização Mundial da Saúde e pode sofrer nas próximas semanas uma atualização”, diz o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Nésio Fernandes.

Em junho, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou que a entidade estuda mudanças na nomenclatura da doença.

“A OMS também está trabalhando com parceiros e especialistas de todo o mundo para mudar o nome do vírus da varíola dos macacos, seus clados e da doença que causa. Faremos anúncios sobre os novos nomes o mais rápido possível”, afirmou Adhanom à imprensa no dia 14 de junho.

Cerca de 30 pesquisadores de diversos países publicaram uma carta à comunidade científica global com um pedido urgente de alteração do nome do vírus causador da doença.

Como alternativa, os cientistas propõem a classificação de três clados principais do vírus: os clados 1, 2 e 3, nomeados por ordem de detecção, incluindo os genomas virais da África Ocidental, África Central e eventos associados ao surto atual em diferentes países.

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