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Temporal deixa rastros de destruição
Imagens impressionantes de alagamentos e inundações foram exibidas na mídia nacional após tempestade cair sobre Umuarama na tarde de terça-feira (22). Meia hora de uma forte chuva foi suficiente para causar estragos em vários bairros da cidade – segundo o Simepar, choveu em 30 minutos quase 35% do esperado para todo o mês de fevereiro.
Na quarta-feira (23) representantes de várias secretarias municipais foram a campo para preparar um balanço do ocorrido: ninguém ficou ferido, mas os prejuízos financeiros foram grandes.
Os alagamentos atingiram vários pontos da área central da cidade, com a água invadindo estabelecimentos comerciais e algumas residências. De acordo com a Secretaria Municipal de Obras, Planeamento Urbano e Projetos Técnicos, o grande volume acumulado de água em tão curto espaço de tempo, foi responsável por sobrecarregar o sistema de captação.
“Mesmo com a manutenção de bueiros, poços de visita e galerias pluviais em dia – a Prefeitura conta com equipe própria e uma empresa contratada com caminhão equipado com água pressurizada e sugador de resíduos – o sistema não suportou o volume da chuva, inundando pontos onde nunca havia ocorrido alagamento”, relatou o diretor de Obras, Renato Caobianco.
Ele observa que a situação foi agravada porque a enxurrada arrastou muitos sacos de lixo e outros detritos que estavam nas ruas e calçadas, bloqueando as bocas de lobo. Calhas também não suportaram a água e muitas casas registraram alagamentos temporários. “O prejuízo só não foi maior porque, apesar de pesada, a chuva foi rápida. Pouco tempo depois as galerias já haviam absorvido o volume de água, restando o rescaldo e os prejuízos para o município”, disse o diretor.
Uma equipe da Secretaria de Obras percorreu a cidade durante o dia, visitando pontos atingidos e avaliando os estragos. Houve rompimento de galerias e bocas de lobo, placas de asfalto foram arrancadas em alguns pontos, muito lixo escoou para o Lago Aratimbó, parte dos muros do Centro Infantil Menino Deus vieram ao chão e a instituição teve o pátio, quartos e depósitos alagados. “Se a Prefeitura não estivesse cuidando da drenagem pluvial e realizado os investimentos que foram feitos nos últimos anos, certamente a situação seria muito mais dramática após a chuva desta terça-feira”, completou o engenheiro.
PREJUÍZOS GERAIS
As aulas foram interrompidas em apenas dois dos 19 CMEIs – Birigui e Ignácio Urbanski. “Registramos prejuízos e danos estruturais em oito CMEIs e quatro escolas municipais: alagamentos, infiltrações, água escorrendo pelas paredes de várias unidades educacionais.
Por sorte nenhum aluno, profissional de educação ou da equipe pedagógica ficou ferido. Já estamos com os relatórios de ocorrências em mãos e já iniciamos os reparos necessários para que ninguém seja prejudicado com interrupção das aulas”, pontuou Mauriza Gonçalves de Lima Menegasso, secretária municipal de Educação.
A Secretaria de Saúde registrou prejuízos com alagamentos e infiltrações em cinco unidades básicas de saúde: Industrial, Sonho Meu, Central, Cidade Alta e Ouro Branco, porém o atendimento ao público aconteceu normalmente.
A Farmácia Central teve de interromper a dispensação de medicamentos durante parte da manhã, pois a chuva danificou o gerador de energia, que foi consertado pela Copel por volta das 10h30.
A Defesa Civil, ligada à Secretaria Municipal de Segurança, Trânsito e Mobilidade Urbana, confirmou que não houve desabrigados nem feridos, apenas muitos transtornos e prejuízos financeiros. “O problema maior foram os alagamentos. Tivemos duas quedas de muros e o caso mais grave foi registrado na rua São Vicente, no Jardim Flamboyant. Realizamos ao menos 13 atendimentos a moradores de bairros diversos, todos com alagamentos e infiltrações. Também prestamos socorro a um homem que passava de carro pela ponte do Panorama e quase foi arrastado para dentro do Córrego Mimosa, mas graças a Deus terminou tudo bem”, resumiu o inspetor Enivaldo Ribeiro.