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ATÉ QUANDO?!
Brasil tem a gasolina + cara do século
O preço pago pelos motoristas atualmente é o maior em 20 anos!!!
Publicado em 03/12/2021 às 17:55 Italo
Brasil tem a gasolina + cara do século

Os preços dos combustíveis voltaram a subir no mercado brasileiro, na semana passada, após o novo reajuste da Petrobras nas refinarias. De acordo com levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o litro do diesel S-10, com menor teor de enxofre, subiu 4,8% em relação à semana anterior, para um valor médio, na bomba, de R$ 5,29. Já o litro da gasolina aumentou 3,15%, para R$ 6,562.

Com isso, outubro se tornou o mês mais caro deste século para os consumidores da gasolina. A expectativa é que a pressão inflacionária se acentue ainda mais em novembro e dezembro, de acordo com analistas.

O preço médio da gasolina vendida nos postos brasileiros superou a máxima real (considerando a correção pela inflação) de 2003 e atingiu em novembro o maior valor em 20 anos. O levantamento do Poder360 considera os dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

A agência atualiza semanalmente os valores médios ofertados nos postos de combustíveis.

No último resultado, foram pesquisados 4.733 estabelecimentos. O preço médio cobrado pela gasolina no País foi de R$ 6,71. O valor é o maior da série da ANP em 20 anos, em termos reais. O recorde anterior era o de fevereiro de 2003.

Ao atualizar os dados pela inflação, o litro da gasolina que custava R$ 2,22 em fevereiro de 2003 vale –a preços atuais– R$ 6,41. O patamar agora é o 3º mais alto da história, atrás dos preços médios de outubro (R$ 6,42) e o valor mais recente de novembro (R$ 6,71) de 2021. Depois de uma contração sem precedentes na demanda global por combustíveis em 2020, diante da eclosão da pandemia de covid-19, os preços das commodities começam a refletir a recuperação da economia e vivem uma forte valorização este ano. O consumidor brasileiro tem se deparado com uma inflação geral em todos os combustíveis.

Para os motoristas que abastecem os veículos flex fluel, a gasolina acumula uma alta de 45,3% no ano, nos postos. De acordo com dados da ANP, o derivado atingiu em outubro um preço médio de R$ 6,341, o patamar mais alto deste século, tanto em valores nominais quanto reais (ajustado à inflação), segundo o monitor de preços do Observatório Social da Petrobras (OSP), entidade de pesquisa ligada à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), ao Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps) e ao Instituto Latino-Americano de Estudos Socioeconômicos (Ilaese). Enquanto isso, o etanol hidratado, principal alternativa ao combustível fóssil, vive uma inflação ainda pior, de 59,3%. A exemplo da gasolina, suscetível às oscilações do petróleo e do câmbio no mercado internacional, o biocombustível também não está alheio às influências da economia global, no caso à dinâmica do mercado de açúcar.

O gás natural veicular (GNV), atrelado à dinâmica do mercado de petróleo, por sua vez, acumula um aumento de 33,1% nos postos brasileiros, em 2021. Já o preço do diesel S-10, derivado com menor teor de enxofre, acumula, no ano, um aumento de 42,3% nas bombas. Em outubro, o valor médio do litro vendido nos postos foi de R$ 5,096, segundo a ANP, valor mais alto desde 2012, quando o produto começou a ser vendido no Brasil, aponta a OSP.

Já o gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, acumula uma alta, para o consumidor, de 35,5%. O botijão de 13 quilos (P-13), o mais popular, foi vendido, em outubro, em média, a R$ 100,79 – patamar recorde no século, segundo o OSP. Na semana passada, a Petrobras aumentou em 7% o diesel nas refinarias, o que representa impacto para o consumidor de R$ 0,24 no litro do derivado, se o reajuste for repassado integralmente pelos demais elos da cadeia. Já a gasolina foi reajustada em 9,15%, com impacto potencial de R$ 0,15 por litro no preço final do combustível.

O valor cobrado pela companhia, nas refinarias, responde por 35,5% do preço final da gasolina. No diesel, essa parcela é de 55,8%. As previsões são de que a economia do Brasil vai colher em dezembro e janeiro parte dos aumentos dos combustíveis de outubro.

Porque se a gasolina tem um impacto mais imediato sobre o IPCA de novembro, o efeito do preço do diesel demora mais a chegar ao consumidor e chega por vias como o valor do frete e o preço de bens que usam transporte de carga.

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