MENSAGEM AOS PARANAENSES:
Médicos alertam: “Fiquem em Casa!’
Diante do agravamento da pandemia, da enorme fila por leitos para pacientes da Covid-19 no Paraná, tanto nas enfermarias como nas unidades de tratamento intensivo, do absurdo aumento do número de óbitos e da velocidade crescente de transmissão do novo Coronavírus, o Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) vem a público enfatizar que faz-se necessária uma tomada de consciência da sociedade para que a pandemia seja combatida, revertendo o colapso instalado nos sistemas de Saúde Pública e Privada.
As novas variantes do vírus, em especial a cepa de Manaus (P1), têm se mostrado altamente contagiosas e muito mais letais; e a alta circulação do vírus também propicia o fortalecimento do vírus, com a possibilidade de novas cepas ainda mais devastadoras. Nesse sentido, é imperativo que a população do Paraná e do Brasil tomem medidas para evitar a contaminação pelo Coronavírus.
O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) já manifestou contrariedade com a decisão do Governador Ratinho Junior que decretou a retomada de atividades não essenciais a partir da quarta-feira (10).
A volta às aulas presenciais nas escolas públicas e privadas, mesmo que limitadas a presença de 30% dos estudantes, colocará em risco os educadores, que ainda não tiveram acesso a vacinação, as crianças e adolescentes, bem como as suas famílias. A educação é essencial, mas não pode ser implementada ao custo de vidas de professores, funcionários, estudantes e seus familiares. Enfim, as atividades coletivas devem ser evitadas até que diminua a demanda que pressiona o sistema de Saúde. Mas para isso, é necessário que os gestores públicos criem condições para que a população cumpra o distanciamento social. Outro fator que deve ser considerado é a situação psicológica e de fadiga extrema em que se encontram os profissionais de Saúde. Médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares de enfermagem e todos os profissionais da linha de frente do atendimento à Covid-19 estão no limite das suas forças. Esses profissionais precisam de apoio, precisam de condições de trabalho condizentes com a seriedade e importância das suas funções.
O retorno do auxílio emergencial financeiro é urgente por parte do governo federal. Mas o governo estadual e as prefeituras também podem e devem implementar auxílios financeiros para que a população que trabalha na economia informal, ou está sem emprego, fique em casa sem passar necessidades.
Não é possível pedir que fique em casa quem não tem o que comer, quem tem que sair às ruas diariamente para garantir o próprio sustento. Da mesma forma, os empreendedores individuais, os micro e pequenos empresários, necessitam de auxílio financeiro e fiscal para que seus empreendimentos não sucumbam ao isolamento social.
Para o presidente em exercício do Simepar, Dr. Marlus Volney de Morais, é falsa a contradição entre preservar a economia e salvar vidas. “As vidas perdidas causam forte impacto na economia. É só pegar os índices econômicos do primeiro ano de pandemia. Somente a vacinação em massa e a superação da pandemia permitirão a retomada do crescimento econômico”, completou Dr. Marlus. Por tudo isso, o Simepar reforça o apelo para que as atividades não essenciais sejam postergadas. Todas as medidas de prevenção devem ser reforçadas. Cada vida poupada conta e deve ser valorizada. A economia depende da vida. Sem vida não há economia.
Vamos usar máscaras de maneira responsável, higienizar as mãos e superfícies, manter o isolamento social e evitar sair às ruas o máximo possível. Enfim: “FIQUEM EM CASA!”.
Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar)