COVID-19
Idosos, os mais vulneráveis ao vírus!
A pandemia do novo coronavírus (COVID-19) fez com que os cuidados com idosos, diabéticos, hipertensos e portadores de outras doenças crônicas fossem redobrados. Do dia para a noite, essas pessoas foram socialmente enquadradas em um grupo de risco e o distanciamento social foi decretado. Mas muita gente ainda tem dúvida sobre como o novo vírus pode afetar essas pessoas. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a transmissão do coronavírus ocorre de forma bastante rápida e pode se manifestar de maneira mais agressiva em pessoas acima dos 60 anos e em pessoas com problemas crônicos de saúde, como hipertensão e diabetes. Dados do Ministério da Saúde indicam que essas pessoas são mais suscetíveis de contrair vírus por conta de uma brecha no sistema imunológico. Logo, são mais atingidos pelas complicações da doença. Por isso elas são priorizadas nas campanhas anuais de vacinação contra gripe. No caso dos idosos, o sistema imunológico não reage da mesma maneira que na juventude. Logo, o organismo desse público tem mais dificuldade para combater vírus. Quem tem doenças crônicas associadas também fica mais sujeito a complicações. Portadores de doenças crônicas (como diabetes e hipertensão), doenças respiratórias e cardiovasculares também apresentam sistema imunológico mais enfraquecido, multiplicando os riscos de complicações com o coronavírus. Segundo informações da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a COVID-19 tem baixa letalidade em indivíduos saudáveis, algo em 2% a 3,5%. Entretanto, em pessoas com doenças crônicas (cerca de 40% da população brasileira), pode causar a mortalidade de 7,3% dos diabéticos, 6% dos hipertensos, além de vitimar outros públicos, como crianças. Por isso, redobrem os cuidados e fiquem em casa!!!
Com o avanço da pandemia da Covid-19 no Brasil, foi possível observar que o número de pessoas infectadas com menos de 60 anos vem aumentando, sendo até superior ao dos idosos. No entanto, é ainda com a população da terceira idade que o risco de letalidade segue preocupante. Segundo dados do Governo de São Paulo, mesmo não sendo a maioria dos casos confirmados da doença, o percentual de óbitos entre pessoas com 60 anos ou mais é de aproximadamente 78%. Uma das razões apontadas pelos especialistas é de que, com a idade, são maiores os riscos de o paciente apresentar doenças preexistentes que podem agravar um quadro de coronavírus. Doenças crônicas como diabetes, asma, hipertensão ou doença cardíaca são fatores agravantes, pois fragilizam o organismo do idoso, tornando-o mais vulnerável à evolução do vírus.
OS IDOSOS CORREM MAIOR RISCO!
Porém, conforme explica Dra. Aline Thomaz, geriatra da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, mesmo sem apresentar comorbidades, os idosos correm maior risco de complicações e sintomas mais graves do que os que acometem crianças, jovens e adultos. “Até 39 anos, a taxa de mortalidade é de 0,2%. Sobe para 0,4% em pessoas acima de 40 anos. Chega a 1,3% na faixa de 50 e 69 anos e avança para 8% dos 70 aos 79 anos. No caso dos infectados com mais de 80 anos, a taxa dá um grande salto, chegando a 14,8%”, destaca. A médica ressalta que o principal motivo é a capacidade de resposta do sistema imunológico mais lenta e fraca à medida em que a pessoa envelhece e isso prejudica a reação corporal aos patógenos e à infecção viral. Dessa forma, os cuidados devem ser redobrados.
COMO OS IDOSOS PODEM SE PROTEGER
“O maior cuidado, sem sombra de dúvida, é respeitar com rigor o isolamento social”, frisa a médica. Ela esclarece que, enquanto perdurar a recomendação do Ministério da Saúde, o idoso só deve sair de casa em caso de extrema necessidade. Também é importante vacinar-se contra a gripe, além de seguir as recomendações gerais de prevenção do contágio, como manter distância de 2 metros de outras pessoas, lavar constantemente as mãos, não tocar os olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas. Além disso, a especialista destaca que uma boa qualidade de vida é essencial para fortalecer o sistema imunológico. “Ter uma noite de sono de qualidade, adotar a prática de exercícios físicos, uma alimentação equilibrada e atividades saudáveis como leitura, trabalhos manuais e outras opções de lazer são bons exemplos de como se manter saudável”, afirma Dra. Aline, fazendo um alerta sobre a importância de cuidar também da saúde mental do idoso durante a quarentena. Segundo ela, é necessário estar atento aos sinais para evitar o desenvolvimento de um quadro depressivo. “Ser isolado de amigos e familiares ou impedido de sair de casa e ter sua rotina alterada podem gerar sintomas como ansiedade, medo, tristeza e pensamentos negativos”, explica. A geriatra ressalta que os sintomas tendem a diminuir no decorrer do período de adaptação, mas, caso isso não ocorra, deve-se buscar suporte profissional. “Diversos profissionais da saúde mental atualmente realizam atendimento online periódico, focados no apoio durante a quarentena”, explica a médica.
FONTE: Das Agências de Notícias