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IGNORÂNCIA!
Brasileiros não levam a sério suicídio e depressão!
Psiquiatras alertam: É doença grave e pode levar ao suicídio!!!
Publicado em 18/01/2021 às 17:59 Ítalo
Brasileiros não levam a sério suicídio e depressão!

Além de saberem pouco (alguns quase nada!!!) sobre depressão, os brasileiros sentem vergonha de falar do assunto e não acreditam na importância do tratamento, segundo pesquisa realizada pelo IBOPE em diferentes regiões do Brasil. A doença pode levar ao suicídio e, de acordo com o psiquiatra Celso Lopes de Souza, do Programa Semente, o primeiro erro com relação ao tema é justamente não falar sobre ele. "Já está mais do que comprovado que falar sobre o assunto não agrava a situação, muito pelo contrário, pode ajudar a tratar as pessoas", afirma. O suicídio é a segunda causa de morte que mais atinge os jovens de 15 a 29 anos no mundo, dizem dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). E mais: só no Brasil, uma pessoa comete suicídio a cada 45 minutos. E as pesquisas mostram ainda que 9 a cada 19 pessoas que se matam tinham algum transtorno psiquiátrico. Mas no levantamento do IBOPE, mais de 1 a cada 4 entrevistados do grupo de 18 a 24 anos (26%) acredita que a depressão é uma "doença da alma". Além disso, apesar de saberem que há tratamento, esse mesmo grupo não acredita na sua eficácia. Ver essa realidade, diz a diretor médica da empresa farmacêutica parceira do estudo, Pfizer Brasil, "é muito preocupante porque a doença representa um dos diagnósticos mais frequentes entre as pessoas que tiram a própria vida".

DEPRESSÃO É DOENÇA

Cerca de 29% desses jovem também não vêem a depressão como uma doença que pode ser tratada como as outras. Enquanto isso, entre os entrevistados com mais de 55 anos, a porcentagem tanto do reconhecimento da doença como da eficiência do tratamento caem em 11%. Em São Paulo, os dados foram ainda mais gritantes: 26% dos internautas não acreditam ou duvidam da chance de tratar a depressão com sucesso. A situação é ainda mais preocupante entre os jovens de 13 a 17 anos. 23% (1 a cada 5) não acredita que existam sintomas físicos na depressão, porque ela seria apenas "um momento de tristeza". Além disso, 34% deles não tomariam antidepressivos se fossem prescritos por médicos. A porcentagem entre 18 e 24 anos é de 23%. Essa resistência tem a ver com o desconhecimento sobre os antidepressivos mais modernos. Mas "vale lembrar que estamos falando de uma doença de elevado potencial incapacitante, que pode ser associada a um desfecho trágico, que é o suicídio, mas que pode e deve ser trata", explica Márjori.

ANTIDEPRESSIVOS FUNCIONAM?

Mais de 60% dos entrevistados mais jovens, de 13 a 24 anos, não sabem e/ou duvidam sobre a eficácia dos novos antidepressivos. Além disso, 1 em cada 4 acha que eles podem "viciar o organismo" ou provocar o ganho de peso e diminuição da libido. Entretanto, "na verdade, tanto a falta de concentração como a queda de libido podem ser sintomas do próprio quadro depressivo", explica Elizabeth Bilevicius, líder médica Upjohn, divisão da Pfizer focada em doenças crônicas não-transmissíveis.

VERGONHA DA DEPRESSÃO

De acordo com a pesquisa, a desinformação é uma das causas que levam ao estigma e à vergonha que o paciente sente tanto em admitir a doença quanto a falar do assunto. Essa condição se estende às pessoas do convívio próximo, mesmo amigos e família. 39% dos jovens de 13 a 17 anos disseram que não falariam à família se recebesse um diagnóstico de depressão. De 18 a 24 anos, 56% do grupo declarou que não falaria no trabalho ou na escola. Isso porque como os colegas não levam a depressão à sério, não acreditaria que a pessoa está realmente doente.

DEPRESSÃO PROVOCA SUICÍDIOS EM HOMENS

Os homens são a maior porcentagem dos casos de suicídio, influenciados por transtornos mentais, como a depressão. Mas os tabus sobre a depressão também se mostraram mais fortes entre eles. A maior parte não acredita que uma atitude positiva e alegria de viver são suficientes para vencer a doença.

DEPRESSÃO: PSIQUIATRA OU PSICÓLOGO?

Procurar ajuda do psiquiatra começa a ganhar mais força entre os mais velhos, acima de 35 anos. Entretanto, a maior parte das pessoas procuraria primeiro o psicólogo. Segundo Márjori, isso acontece justamente porque as pessoas subestimam a depressão como doença. "Certamente, o psicólogo tem um papel muito importante no acompanhamento do paciente, mas o psiquiatra é o profissional habilitado a estabelecer o diagnóstico e o tratamento médico adequado", explica.

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