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ALERTA:
Ainda não há um medicamento para o curar a covid-19!
Quem informa é a Anvisa: nenhum remédio foi registrado para o tratamento da covid-19!
Publicado em 10/06/2020 às 10:21 Ítalo
Ainda não há um medicamento para o curar a covid-19!

A covid-19 ainda causa muitas dúvidas na população. Por ser uma doença nova e que pouco se sabe sobre, muitas informações falsas ou incompletas acabam sendo compartilhadas nas redes sociais. E uma das principais é em relação a tratamentos ou formas de prevenir a doença.

Nos últimos meses, alguns medicamentos tiveram o estoque reduzido nas farmácias. A causa: pessoas compraram indiscriminadamente ao ouvirem que poderiam ser utilizados no tratamento contra a covid-19. Os principais deles são cloroquina e a hidroxicloroquina.

No entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pela liberação de medicamentos, alerta: até o momento, não há um medicamento registrado na Anvisa para o tratamento da covid-19!

“Antes de ocorrer o registro de um medicamento para uma determinada doença, é necessária a realização de pesquisa clínica com a substância. Laboratórios e centros de pesquisa no País e no exterior têm empenhado todos os esforços para descobrir um tratamento seguro e eficaz que detenha o avanço da Covid-19, de modo a evitar mais mortes e restaurar a normalidade na vida das pessoas. Os ensaios ou pesquisas clínicas realizados com esse foco, portanto, são de fundamental importância” – informa a Anvisa.

“ATUALMENTE, NÃO EXISTE NENHUM MEDICAMENTO APROVADO”

O doutor em farmacologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professor desta disciplina na Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase), Allan Kardec Alencar, explica que, até agora, os tratamentos utilizados dizem a respeito dos sintomas da doença e não de sua ploriferação.

“Atualmente, não existe nenhum medicamento aprovado para o tratamento da covid-19 no que diz respeito a replicação, a ploriferação viral e sim a sintomatologia. Existem propostas que algumas que algumas substâncias apresentem eficácia, mas ainda não existem estudos robustos que comprovem que estas substâncias possam ser de forma regulamentada por lei e aprovada pela Anvisa para utilização de um paciente contaminado pelo novo coronavírus humano”, explicou.

RISCOS DA AUTOMEDICAÇÃO

A automedicação sempre representa um risco. O doutor em farmacologia também explica que todo medicamento deve ser utilizado com uma dose ideal, chamada posologia, para que gere os efeitos desejados. O uso indiscriminado causa riscos. A dipirona, por exemplo, muito utilizada para dor de cabeça, tem como efeito adverso danos irreversíveis no sistema imunológico.

“Se um paciente se automedicar, vai correr um risco. Se um paciente não vai ao médico para saber quais medicamentos tem que tomar, ele pode ir à farmácia porque alguém falou que medicamento tal é bom para tratamento. Compra um medicamento de venda livre e toma. Não existem dados que comprovem que realmente este medicamento é bom para esta doença que ele está apresentando e, além do mais, o paciente pode estar suscetível aos efeitos adversos, no caso da dipirona”, explicou.

PARECER DO CONSELHO DE MEDICINA

O Conselho Federal de Medicina emitiu um parecer que permite aos médicos a utilização da cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes com diagnóstico confirmado de infecção pelo novo coronavírus. O texto estabelece critérios e condições para esta medicação. No entanto, é uma autorização que pode ser revista se novas evidências surgirem.

“Essas considerações que serviram de base para as decisões do CFM basearam-se nos conhecimentos atuais, podendo ser modificadas a qualquer tempo pelo Conselho Federal de Medicina à medida que resultados de novas pesquisas de qualidade forem divulgados na literatura” - aponta o texto.

“Um dos pontos recomendado é que os pacientes não tenham outras comorbidades além da covid-19. Para os estados clínicos críticos, que necessitam de internação em UTI, também há a possibilidade de o tratamento não ter o efeito tão desejado”, aponta o especialista.

“O próprio parecer fala que é difícil imaginar que um paciente que já tenha uma lesão pulmonar grave estabelecida, que com certeza, já estará com uma resposta inflamatório pulmonar e sistêmica - em outros órgãos - exacerbada responderá bem a cloroquina e a hidroxicloroquina. Ou seja, que essas substâncias possam promover um efeito clinicamente importante nestes pacientes que já estão debilitados. Principalmente porque são substâncias que possuem uma segurança muito baixa. Ou seja, causam inúmeros efeitos diversos”, explicou.

ESTOQUE DE REMÉDIOS

E como falado no início desta reportagem, há pessoas que estão comprando diversos medicamentos para deixar guardado em caso de infecção pelo vírus. No entanto, o doutor Allan Kardec Alencar ressalta que isso é uma atitude que pode gerar desabastecimento de medicamentos.

“O principal risco de se estocar é que não existe nenhum tratamento aprovado e comprovado para covid-19 e, sim, para a sintomatologia. E segundo, você estocar um medicamento em casa, é estar agindo com uma atitude egoísta. Porque tem gente que está precisando deste medicamento, chegando na farmácia e não consegue encontrar”, concluiu.

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