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UMUARAMA
Portais são mais lidos que os jornais!
Obsoleto: Donos de bancas de jornais confirmam a queda brusca nas vendas dos jornais impressos da cidade!
Publicado em 13/10/2017 às 09:22 Italo
Portais são mais lidos que os jornais!

“Em que meio de comunicação você se informa mais sobre o que acontece no Brasil?”. Se está lendo esse texto aqui e agora, sua resposta para essa pergunta, provavelmente será “internet”. Você faz parte dos 26% de brasileiros que utilizam a internet como fonte primária de informação sobre os acontecimentos nacionais.

A pergunta feita pela Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal busca entender o comportamento dos brasileiros em relação aos hábitos no consumo de notícias. Os dados coletados, respostas de 1.050 pessoas maiores de 16 anos de todo o País, formam o compêndio da Pesquisa Brasileira de Mídia 2016 – Hábitos de Consumo de Mídia pela População Brasileira, publicada no início deste ano.

A pesquisa mostra que embora a televisão ainda seja mais popular, o uso do telefone celular para o acesso à internet já desponta como hábito em números crescentes. Em 2015, o acesso à internet por telefone celular era costume de 40% dos brasileiros. Em 2016 o número saltou para 91%.

Sim, 91% das pessoas que usam a internet para ter acesso a notícias, o fazem de seu telefone celular!

Esse número parece gigantesco diante do consumo de mídias impressas, como jornais e revistas. Nem 3% do público entrevistado mencionou os jornais impressos como prioridade na busca por notícias. A situação fica ainda pior para as revistas, que sequer foram mencionadas como fonte primária de acesso à informação.

O rádio ainda é lembrado como fonte primária de acesso às notícias nacionais, porém por apenas 7% dos entrevistados.

EM UMUARAMA

A tendência na mudança de comportamento já vem sendo sentida em Umuarama nos últimos dois anos. Hoje, o leitorado umuaramense já tem acesso a quatro portais de notícias, uma rede de televisão universitária e online, além de pequenos sites, canais e blogs, que crescem em número de acessos a cada dia.

Isso porque colocam no ar os acontecimentos com um dia de antecedência dos jornais impressos. Nos fins de semana, então, são três dias de distância – porque os impressos só retornam a circular na terça-feira, enquanto que os portais continuam no ar aos sábados, domingos e feriados! Afinal, a notícia não tem dia marcado para acontecer...

Para Sérgio Santos, editor do portal de notícias OBemdito, é impensável fazer jornalismo na atualidade sem utilizar os recursos que a internet oferece. “O Facebook é um termômetro que mostra o interesse das pessoas pelos assuntos e dá a elas o acesso fácil aos sites de notícias, informando o que está acontecendo, em tempo real. A qualidade e instantaneidade da notícia via internet é superior ao que qualquer impresso pode oferecer”, explica Sérgio Santos.

Os jornais da cidade, como Umuarama Ilustrado e Jornal Tribuna Hoje, têm seus sites, mas eles se resumem a repetir as notícias que saem nos impressos.  Ou seja, não são atualizados em tempo real, fato que os leva a estarem sempre atrasados com relação aos portais de notícias, que a todo momento são abastecidos com notícias da hora...

Com notícias novas durante o dia inteiro, os portais de Umuarama conquistaram a grande maioria dos leitores que antes pertencia aos dois jornais impressos da cidade. Traduzindo: eles estão sempre à frente do tempo e os jornais não conseguem concorrer com essa velocidade do jornalismo on-line. É humanamente impossível – e nem adianta os donos dos jornais teimarem em dizer o contrário.

De acordo com Osmar Nunes, editor do Ilustrado, manter apenas a versão impressa do jornal “é como parar no tempo”. Para ele, a circulação dos impressos apenas se mantém devido às leis que estabelecem às prefeituras as publicações oficiais em formato tradicional. O Umuarama Ilustrado é o órgão oficial da publicação de 25 prefeituras da região. E possui um site onde reprisa as notícias que publica em papel.

Há quase três anos, o portal Umuarama News iniciou suas atividades sob a liderança da jornalista Flávia Azevedo, com o intuito de disponibilizar conteúdo noticioso diferente do que era comum por aqui. Hoje, o Umuarama News é o único dos portais da cidade que veicula notícias em vídeo, com entrevistas e espaço aberto para a expressão popular.

Flávia diz que existe uma constante necessidade da população em acessar notícias com credibilidade. “Hoje as pessoas tem sede de informação, querem agilidade, rapidez, mas acima de tudo querem também confiar no que está sendo noticiado. O jornalismo online é dinâmico, está em todos os lugares, o tempo inteiro, por isso é preciso ficar atento com a apuração das informações. Uma vez que se publica algo, “pronto!” já não se tem dimensão de onde chegará essa informação. É preciso dar a informação com responsabilidade." afirma  Flávia.

NEM SEMPRE

Embora a instantaneidade seja a principal característica do jornalismo online, infelizmente, em Umuarama nem todos os portais de notícias são tão “instantâneos” assim.

É comum encontrar notícias de “segunda mão”, copiadas de outros sites e portais. Muitas vezes, nem mesmo as fotos são poupadas do plágio. O pior é que os créditos nunca são dados e o leitor acaba acreditando que o conteúdo é original, que foi apurado devidamente.

A publicação de releases (textos enviados prontos por empresas e pelas prefeituras que pagam pelo espaço) também é um mau hábito muito comum entre os jornais impressos da cidade. Nesse ponto também falta a ética de avisar ao leitor a verdadeira fonte da informação (nome da assessoria de imprensa e de quem redigiu a ‘notícia’). Qualquer espaço vendido dentro de um jornal deve levar o rótulo de “Informe Publicitário”, do contrário, o leitor estará sendo enganado.

A “crise tá brava”, mas não é desculpa para baixar a qualidade do conteúdo dos jornais. Jornalismo é cidadania! É fonte de educação (na essência da palavra) para o povo. Responsabilidade é imprescindível!

QUEDA BRUTAL DA VENDA DE JORNAIS EM BANCAS!

Do ponto de vista comercial, já não há muito o que fazer pela perenidade dos jornais impressos. Isso acontece porque, com a queda pelo interesse dos leitores, existe a redução proporcional no interesse de anunciantes e publicidades. Basta observar que os anúncios de empresas e comerciantes sumiram, idem para os pesados cadernos imobiliários que circulavam até pouco tempo atrás.

Quem confirma o desinteresse do público, é o empresário José Malfato, proprietário da Livraria Paraná. “A menos de cinco anos atrás, vendíamos cerca de uma centena de jornais impressos por dia. Hoje, vendemos aproximadamente 10 unidades por dia!”, explica Malfato. “Do ponto de vista comercial, nem vale a pena ter jornais na loja. A gente continua vendendo porque uns poucos clientes ainda procuram. No entanto, lucro já não dá!”.

E Malfato tem razão: Uma pesquisa do Instituto Verificador de Comunicação mostrou que a Folha de S. Paulo, jornal impresso mais lido no Brasil, perdeu quase 50 mil leitores entre 2015 e 2016. O comportamento se repete quando observados outros grandes jornais das principais capitais brasileiras como O Globo, Estadão e Zero Hora.

Um dos fatores que influencia o desinteresse pelo impresso é a demora em apresentar ao público as notícias. Por exemplo, os jornais de São Paulo, como Folha e Estadão, chegam por volta das 12 horas à Livraria Paraná e a outros pontos de venda na cidade, constando as notícias do dia anterior. Seja pela televisão ou pela internet, as mesmas informações já foram noticiadas muitas horas antes!

LEITOR DE UMUARAMA PERDEU O INTERESSE

“São pouquíssimas pessoas que ainda tem o hábito de comprar o jornal impresso. Em geral, quem compra o impresso é quem não tem costume de usar a internet. As novas gerações buscam as notícias nos portais da internet, tanto os grandes portais como G1, como também as notícias da cidade nos vários portais daqui de Umuarama”, completa Maiara Malfato, da Livraria Paraná.

Com custos mais altos de produção, os jornais impressos – seja venda avulsa ou assinaturas - também saem mais caros para o leitor. Já um jornal online sai de 30 a 50% mais barato para o leitor, isso quando não é gratuito (o que é comum). Os grandes jornais nacionais disponibilizam conteúdo online gratuito para o público em geral e conteúdo online exclusivo para assinantes.

É possível perceber que o acesso a notícias pela internet (e principalmente por meio do telefone celular como ferramenta) é um caminho sem volta para os jornais. A tendência é que todos os jornais sigam o caminho do curitibano Gazeta do Povo, que eliminou completamente as edições impressas e hoje mantém apenas o site de notícias! E depois que ingressou definitivamente na internet, a GP multiplicou por milhares o número de leitores.

REPORTAGEM ESPECIAL de Anita Leite

FOTOS: Imagens antigas meramente ilustrativas/Imagens bancas Thais Polesi

EDIÇÃO: Italo Fábio Casciola

www.colunaitalo.com.br

As bancas de jornais do passado eram realmente “bancas de jornais”, como se pode observar nessas imagens antigas.

 

Hoje, as bancas de Umuarama vendem de tudo, menos jornais! E, revelam os próprios donos, que o produto ‘jornal impresso’ nem interessa mais a eles.

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