TEMPESTADE
...e Umuarama ficou igual a Veneza!
De surpresa, na tarde de terça-feira (22), Umuarama foi vítima de uma forte tempestade... Digo de surpresa porque e meteorologia não previa que fosse tão rápida e poderosa: durou apenas meia hora...
Mas isso bastou para que as ruas e avenidas da Capital da Amizade virassem corredores repletos de água passando com força e alta velocidade, principalmente onde existem os pontos com ladeiras longas e ‘baixadões’.
Só assistindo os vários vídeos que o Portal ITALO publica nesta reportagem para se convencer de que o inesperado derramar das águas da tempestade foi realmente forte.
Mas, como em tudo há detalhes, vale frisar que isso já ocorreu por incontáveis vezes – e continuará acontecendo, porque ninguém impede a ação da Mãe Natureza! – em Umuarama. E depois que acontece vira ‘assunto do momento’... Ainda mais que hoje reina a liberdade de expressão na internet.
OS MOTIVOS SÃO SEMPRE OS MESMOS...
Motivos, problemas e culpados pelos problemas que surgem depois das chuvas fortes sempre foram a temática dos discursos políticos e das lideranças de segmentos da sociedade.
O blá-blá-blá domina o palco da mesmice: a impermeabilização da cidade, afinal hoje ela está coberta de cimento por todos os lados e a única saída dos milhares de litros de água que uma tempestade derrama são os terrenos baldios (aqueles cobertos de matagais de que tanto se fala...).
A evolução da cidade que se agigantou com a construção civil e arquitetura moderna e o aumento populacional gera esse tipo de problemas. E isso não acontece só em Umuarama, mas em todo o território nacional.
O sistema de evacuação de águas pluviais não acompanhou o desenvolvimento e na maioria dos lugares as tubulações são antigas. Daí surgem as violentas enxurradas que cobrem as vias públicas, arrastam até carros, atingem estabelecimentos comerciais e residenciais, principalmente aqueles situados em ‘baixadões’, que acabam virando verdadeiras lagunas... Isso porque as tubulações não comportam tanta água pesada e em velocidade acima do normal.
E, neste momento, devemos citar com desgosto o péssimo comportamento humano: grande parcela da população joga nas ruas e avenidas lixo e entulhos de todo tipo que, num evento climático como esse de ontem, vão parar nas bocas-de-lobo... Ficam entupidas e a água não entra... e segue o seu percurso ou então provoca as ‘enchentes’ nos ‘baixadões’.
Adicione-se a esse drama o tremendo odor nojento exalado pelo lixo doméstico em decomposição, que às vezes dura dias após as chuvas, aumentando sua potencia poluidora (estamos em pleno verão) gerando protestos daqueles bons cidadãos que cuidam para que Umuarama seja uma cidade limpa e saudável e não se conformam com as atitudes negativas dos ‘porcolinos’...
Não vamos nos alongar mais neste papo, até porque todo mundo já sabe como são esses fatos...
Mas, na condição de registro para a posteridade de mais uma tempestade, vale assistir os vídeos desta reportagem – que ‘navegam’ pelas redes sociais. E segue a vida... (ITALO FÁBIO CASCIOLA)
