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COMO SERÁ 2022?!
Inflação em alta, otimismo em baixa...
Previsão de alta menor dos preços, mas não o suficiente para respirar aliviado...
Publicado em 11/01/2022 às 14:39 Italo
Inflação em alta, otimismo em baixa...

Com crédito mais caro, lenta recuperação do mercado de trabalho e preços elevados de itens difíceis de serem contornados pelo consumidor (energia elétrica, combustível e alimentos), o processo de inflação alta não será resolvido no curto prazo, na avaliação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A inflação foi um pesadelo para os brasileiros em 2021. Será que vai continuar nesse ritmo?

As projeções iniciais dos economistas para 2022 apontam para uma alta mais modesta dos preços, mas ainda não será suficiente para respirar aliviado. Os economistas acreditam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ter avançado 10,02% em 2021 e para 2022 a projeção é de alta de 5,03%.

Veja abaixo os gastos que devem pesar no orçamento das famílias em 2022:

ENERGIA ELÉTRICA

O custo da conta de luz deve seguir elevado em 2022. Em novembro, a área técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) calculou que o reajuste tarifário médio nas contas de luz em 2022 deve ser de 21,04%. O governo teve de acionar as usinas termelétricas para garantir o fornecimento de eletricidade por causa da crise hídrica vivida pelo país. Isso aumentou o custo de produção de energia no Brasil. Um eventual aumento na conta de luz, no entanto, não será necessariamente o indicado pela área técnica da Aneel. O reajuste será definido pela diretoria da agência. O governo também já anunciou que estuda medidas para atenuar o impacto tarifário em 2022.

Já se sabe, por exemplo, que a conta de luz das famílias de baixa renda incluídas na Tarifa Social de Energia Elétrica continuará com a bandeira tarifária verde em janeiro. Nada muda para os demais consumidores, que seguem taxados pela bandeira escassez hídrica, com custo extra de R$ 14,20 a cada 100 kWh.

ALUGUEL

O aluguel também deve ficar mais caro em 2022. No ano passado, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acumulou alta de 17,78%. O índice é apurado mensalmente pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e utilizado para o reajuste anual do valor do aluguel.

Para 2022, os analistas consultados pelo relatório Focus, do Banco Central, avaliam que o IGP-M deve perder forças e subir 5,49%.

IPVA

Já o Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA) vai subir em 2022, acompanhando a valorização de carros novos e usados. Cada estado tem uma alíquota diferente de IPVA, mas todos levam em conta o valor venal de veículos usados — calculado por meio da tabela Fipe - ou o da nota fiscal de compra, no caso dos veículos novos. Tanto veículos novos como usados subiram de preço em 2021, o que deve desencadear no aumento do IPVA.

IPTU

Várias prefeituras já anunciaram reajustes no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Em São Paulo, por exemplo, a Câmara Municipal aprovou um projeto que corrige o IPTU pela inflação até 2024 com teto de 10%. Ou seja, se a inflação for acima de 10%, só terá correção até esse percentual.

COMBUSTÍVEIS

O rumo dos preços dos combustíveis — um dos maiores pontos de discussão em 2021 — vai depender do comportamento do dólar e da variação do barril do petróleo no mercado internacional.

Desde 2016, a Petrobras passou a adotar para suas refinarias uma política de preços que se orienta pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio. Portanto, se essas duas variáveis sobem, a estatal promove um aumento do preço dos combustíveis nas refinarias.

O último reajuste nos preços dos combustíveis realizado pela Petrobras foi feito em dezembro. Na ocasião, o litro da gasolina recuou 3,13%, para R$ 3,09. No Focus, os analistas projetam que o dólar deve terminar 2022 em R$ 5,55, muito próximo da cotação final de 2021.

TARIFAS DE TRANSPORTE PÚBLICO

Com o avanço dos preços dos combustíveis em 2021, as administrações municipais e estaduais devem promover aumentos nas tarifas de transporte público. Só não haverá um aumento na passagem se o custo do diesel voltar ao patamar de antes da pandemia.

CRÉDITO MAIS CARO

Com a inflação em alta, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve seguir aumentando a taxa básica de juros em 2022. No relatório Focus, os analistas avaliam que a Selic deve encerrar 2022 em 11,50% ao ano — atualmente, está em 9,25%.

O BC sobe os juros numa tentativa de desaquecer a economia e, consequentemente, domar a inflação. Só que essa postura tem um reflexo perverso. A Selic em alta, por exemplo, encarece o crédito e dificulta o consumo das famílias.

MENSALIDADE ESCOLAR

Um levantamento realizado pela consultoria Meira Fernandes, especializada em gestão de instituições de ensino, mostrou que 90,9% das escolas particulares pretendem aumentar o valor da mensalidade em 2022 e que, na maioria dos colégios, o reajuste será de pelo menos 7%. Entre as instituições que irão subir os preços, a maior fatia (53%) fará um reajuste entre 7% e 10%. Uma parcela de 7,6% informou que aplicará uma alta entre 10% e 11%, enquanto 9,1% irão aumentar as mensalidades em 12% ou mais.

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