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TRADIÇÃO MILENAR
O Império Romano criou o Ano Novo
E foi decretado o dia 1º de Janeiro como “a porta que abre o ano”
Publicado em 30/12/2021 às 14:15 Italo
O Império Romano criou o Ano Novo

A comemoração do Ano Novo é muito mais antiga do que se imagina... Ela remonta à época do poderoso Império Romano! Mas daquela época até nossos dias a data do Ano Novo passou por muitas alterações, moldadas por religiões e hábitos de diversas regiões do planeta.

Foi o imperador Júlio César, em 46 a.C., que fixou o 1º de janeiro como o primeiro dia do Ano-Novo ao implantar um novo calendário. E decretou: “É a porta que abre o ano”. Até então, o Ano Novo era celebrado no dia 1º de março. No dia 1º de Janeiro, os romanos presenteavam-se: os clientes aos seus patrícios e os cidadãos ao Imperador. O calendário juliano estabelecia doze meses que somavam 365 dias distribuídos em uma sequência de 31, 30, 31, 30… de Januarius a Decembris, com exceção de Februarius que ficou com 29 dias (mas, a cada três anos, teria 30 dias). Posteriormente, o imperador Otávio Augusto, em 8 a.C., determinou que os anos bissextos ocorressem de quatro em quatro anos e que Februarius tivesse 28 ou 29 dias. Janeiro, o primeiro mês, era dedicado a Jano um dos mais antigos deuses de Roma e sem equivalente na mitologia grega. Em sua honra, eram celebradas as januálias no começo de janeiro. Todo dia primeiro de cada mês era-lhe, também, dedicado.

A história continua quando, tempos depois, surgiu o Réveillon – uma festa que virou tradição na França. Significa, em francês, “véspera”, e vem do verbo réveiller, “acordar” - isto é, a “véspera do despertar do ano”. A palavra surgiu no século XVII para denominar eventos populares entre os nobres franceses: jantares longos e chiques, que iam até depois da meia-noite, nas vésperas de datas importantes. Esses festejos gastronômicos noturnos eram realizados várias vezes ao ano, mas com o tempo foram se reduzindo até se limitarem ao Ano Novo.

No século XIX, o Réveillon virou moda nas colônias e áreas de influência da França – que eram muitas, já que ela era a superpotência cultural da época.

No Brasil, os primeiros Réveillons foram realizados na corte de dom Pedro II, no Rio de Janeiro, e logo copiados pelas elites paulistas. Mas alguns detalhes foram incorporados depois, recheando o jantar francês com um sincretismo bem brasileiro.

O ANO NOVO HOJE...

Atualmente, o dia 1º de Janeiro é festejado em quase todos os países como o primeiro dia do Ano Novo, mas isso não é universal. Budistas, muçulmanos, hinduístas, judeus e chineses, só para citar os exemplos mais conhecidos, têm outras datas de Ano Novo.

Em 1967, o Papa Paulo VI declarou o 1º de janeiro como Dia Mundial da Paz. Desde então, os papas têm por costume escolher um tema e escrever uma mensagem para este dia. A ONU reconhece esse dia como Dia da Confraternização Universal, dia do diálogo e da paz entre os povos. Dia reservado à reflexão de como queremos que o mundo seja no ano que se inicia e quando trocamos votos de paz, felicidade, saúde e prosperidade.

No Brasil, o dia 1º de Janeiro é feriado nacional desde 1949, conforme lei assinada pelo então presidente Eurico Gaspar Dutra.

FONTE: Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues

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