TRISTE REALIDADE:
Depressão aumentou 90% no Brasil!
Aumento de casos de depressão e ansiedade hoje é assustador! O Brasil contabiliza 586.590 óbitos e 20.988.702 casos de coronavírus, segundo balanço do consórcio de veículos de imprensa com dados das secretarias de Saúde divulgados no dia 11/09/2021, às 20h10. Nesta realidade, ações preventivas, como distanciamento e isolamento social, ainda são nosso melhor contra-ataque.
Contudo, o cenário de solidão, insegurança, angústia e instabilidade econômica, também deu visibilidade para a importância da SAÚDE MENTAL, colocando em foco o bem-estar psíquico da população. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), antes da pandemia, o Brasil já era o país mais ansioso do mundo e, também, apresentava a maior incidência de depressão da América Latina, impactando cerca de 12 milhões de pessoas.
Durante a pandemia, a situação se agravou: estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UEFJ) revelou um aumento de 90% nos casos de depressão. Já o número de pessoas com crises de ansiedade e sintomas de estresse agudo praticamente dobrou entre março e abril de 2021. Outra pesquisa, encabeçada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), demostrou que, entre maio, junho e julho do ano, 80% da população brasileira tornou-se mais ansiosa.
O cotidiano individual também adoeceu: diversos estudos apontam para um crescimento no consumo de bebidas alcoólicas, cigarro e comida ultra processada no período de distanciamento social. Em contra partida, hábitos saudáveis, como exercícios físicos, sono de qualidade e boa alimentação perderam terreno.
BRASIL LIDERA LISTA DE PAÍSES COM MAIS CASOS DE DEPRESSÃO
Uma recente pesquisa acendeu o sinal de alerta a respeito de um tema que já tem sido bastante comentado nos últimos meses: a saúde mental. De acordo com dados colhidos pela pela Universidade de São Paulo (USP), o Brasil lidera uma lista de 11 países com mais casos de depressão e ansiedade durante a pandemia do novo coronavírus. De acordo com a pesquisa, o Brasil é o país que apresenta mais casos de ansiedade (63%) e depressão (59%); em segundo lugar ficou a Irlanda, com 61% das pessoas com ansiedade e 57% com depressão, e em terceiro aparecem os Estados Unidos, com 60% e 55%, respectivamente.
O estudo só comparava, em números, o que muita gente já suspeitava: que o isolamento social pode afetar as pessoas – com especial atenção, segundo os dados, para mulheres, jovens, pessoas que já possuem alguma condição mental e, claro, quem perdeu o emprego. “Nós concluímos que a pandemia de Covid-19 tem se mostrado um evento traumático para muitas pessoas, levando aumento exponencial de sentimento de medo e estresse”, disse Ricardo Uvinha, professor de lazer e turismo da USP. Como a pandemia de Covid-19 não tem previsão ainda para acabar de vez – e o vai e vem das escalas de mobilidade ainda deve sofrer diversas alterações ao longo de 2021 -, conversamos com um especialista em saúde mental para entender o que pode ser feito na hora de proteger o cérebro desse momento.
De acordo com Kleber Marinho, psicólogo analítico e supervisor clínico responsável pela Clínica PPI (Psicologia e Psiquiatria Integradas) em São Paulo, esse aumento nos casos está sendo sentido no atendimento clínico de forma bastante impactante.
AUMENTO DE DOENTES É ASSUSTADOR!
“Os atendimentos não pararam um dia sequer, seguindo online na maioria das vezes”, conta ele. Com mais de 20 anos de experiência no tema de atendimentos severos, o médico ressalta que percebeu também um agravamento e uma piora em quadros que estavam estáveis até o eclodir da pandemia. O dado mais assustador trazido pelo psicólogo é de que, em sua própria clínica, o aumento foi de cerca de 40% nos casos:
“Nos tempos atuais, pensar na ideia do medo e estresse como companhia assemelha-se a experiência de viver dentro de um filme de terror ou distópico”, explica ele. “Na verdade, quase nunca pensamos no medo ou estresse como um fenômeno ou condição positiva, sobretudo em meio a uma pandemia. Mas o fato é que sentir e ter medo ou estresse são defesas orgânicas que podem nos salvar ou prejudicar e levar ao adoecimento. Tal como um medicamento e quase todas as coisas na vida, dependendo da dose tomada ou da situação, a medida pode ser curadora ou mortal”, diz.
FONTE: Portais especializados em Saúde