AMEAÇA PLANETÁRIA!
Estamos em perigo: apocalipse digital
O momento previsto por cientistas finalmente chegou: uma tempestade solar extrema pode danificar as redes elétricas da Terra e causar apagões de energia prolongados. Também classificada por especialistas como uma ejeção de massa coronal (erupção de gás ionizado a alta temperatura proveniente da coroa solar), o impacto dessa emissão solar poderia ser fatal à infraestrutura da Internet, especialmente para os cabos submarinos intercontinentais.
Por anos, cientistas têm publicado pesquisas a respeito desse fenômeno, como alertas. A mais recente é de agora, foi apresentada pela cientista Sangeetha Abdu Jyothi, da Universidade da Califórnia, durante a conferência SIGCOMM 2021que aconteceu na semana passada nos Estados Unidos.
NO BRASIL
A cientista Abdu Jyothi também descreveu o que pode acontecer com o Brasil em uma situação extrema como essa: "De maneira interessante, mesmo com grandes falhas, o Brasil manteria sua conectividade com a Europa e com outras partes da América do Sul, como a Argentina. Entretanto, perderia sua conectividade com a América do Norte.
É interessante também notar que os EUA perderiam sua conectividade com a Europa neste cenário, mas o Brasil não. Isso acontece porque o cabo Ellalink, que conecta o Brasil a Portugal, tem 6.200 km, enquanto o cabo conectando a Flórida a Portugal é muito mais longo, com 9.833 km". “Mesmo assim, ninguém estaria 100% a salvo, já que sistemas de roteamento provavelmente ficariam sobrecarregados. Os servidores de DNS, por serem altamente distribuídos no planeta, estão menos vulneráveis. É um caso parecido com os data centers do Google, que são menos suscetíveis que os do Facebook por mais espalhados geograficamente”, acrescentou.
REPETIDORES INTERNÉTICOS EM CABOS SUBMARINOS SÃO O GRANDE PROBLEMA
Redes de distribuição local sofreriam no caso de uma tempestade solar desse tipo, já que elas usam em grande parte fibras óticas, que não são afetadas por perturbações no campo magnético. O problema maior estaria nos cabos submarinos, que conectam continentes e levam a maior parte dos dados. Portanto, mesmo que as redes locais permanecessem intactas ou com danos pequenos, países inteiros poderiam ficar desconectados da internet. E o problema nem é com os cabos submarinos em si - eles também usam fibra ótica, afinal de contas. A questão é com os repetidores, aparelhos que ficam a cada 50 a 150 quilômetros de cabos e servem para amplificar o sinal e garantir que ele chegue ao seu destino.
FONTES: Agências de Notícias Internacionais