TRAGÉDIA PLANETÁRIA!!!
O mundo está mudando... para pior!
Tempestades, queimadas, frio e calor extremos, entre outros ‘inimigos’ da Natureza, acontecem diariamente em todos os continentes do mundo. Esses efeitos afetam completamente a maneira como vivemos. E parece impossível impedir que essas tragédias continuem acontecendo...
Nas últimas semanas, fomos impactados por muitas notícias desastrosas sobre as crises climáticas em várias partes do mundo. Na Alemanha, inundações invadiram ruas e destruíram casas deixando centenas de pessoas mortas e feridas. Os incêndios florestais no Canadá chegaram a queimar uma cidade inteira. Com uma onda de calor recorde, os incêndios nos Estados Unidos consumiram mais de 4 mil quilômetros quadrados. A China também está sendo alvo de fortes enchentes.
No Brasil, as baixas temperaturas dos últimos dias também vêm causando espanto. O frio negativo chegou até Minas Gerais. A temperatura mais baixa foi registrada na cidade de Bom Jardim da Serra, em Santa Catarina, com -7,5ºC.
MAS AFINAL, O QUE ESTÁ CAUSANDO TODO ESSE DESEQUILÍBRIO EM NOSSO PLANETA?
Há anos os especialistas do clima vêm alertando a comunidade mundial sobre os efeitos das mudanças climáticas. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão das Nações Unidas que avalia esse fenômeno, estima que, até o fim do século 21, caso não haja nenhuma mudança nos padrões de consumo e produção, haverá um aumento de 2 a 3 graus celsius na temperatura média do Planeta.
Respondendo à pergunta anterior, uma das principais causas de todas as mudanças climáticas que vem impactando o mundo é justamente o aquecimento global. Entre os anos de 2006 e 2015, o planeta aqueceu cerca de 0,87°C em relação aos anos de 1850-1900. De acordo com os estudos do IPCC, o clima global mudou em relação ao período pré-revolução industrial, reforçando as evidências de que a principal causa são as ações antrópicas, ou seja, aquelas causadas pelos seres humanos.
O coordenador e professor do curso de Tecnologia em Gestão Ambiental do Centro Universitário Internacional Uninter, Rodrigo Silva, explica que as variações de temperatura global são fenômenos naturais, existindo períodos de frio e calor extremos, como exemplo, as eras glaciais. A questão, é que o ser humano está acelerando muito esse processo. “Os cientistas trabalham com duas principais possibilidades de aumento de temperatura: 1,5°C ou 2°C. Falando assim, parece que 0,5°C é pouco, mas, na prática, basta compararmos com a febre. Se nossa temperatura corporal está em 36,5°C, estamos ótimos. Com 37°C queremos a nossa cama e uma coberta. Com o planeta acontece a mesma coisa, afinal, a Terra é um ser vivo”, exemplifica o professor. Essa metáfora mostra que um pequeno aumento da temperatura global trará consequências trágicas em curto, médio e longo prazos, com efeitos irreversíveis.
O IMPACTO NA HUMANIDADE
Segundo Silva, as consequências das mudanças climáticas são separadas em dois blocos: Primeiro, os impactos que sentimos diretamente em nosso cotidiano: maiores períodos de estiagem e seca, aumento na incidência de furacões, tufões e tsunamis, inundações e poluição hídrica, flutuações severas de temperaturas. No segundo bloco temos as consequências que não sentimos diretamente em nosso cotidiano, mas que nos afeta ou afetará drasticamente: perda da biodiversidade (insetos, plantas e vertebrados), acidificação dos oceanos, perda da produtividade alimentícia e insegurança alimentar, alterações nos sistemas de geração de energia e transporte, disseminação de espécies invasoras, pragas e doenças, aumento da pobreza e dos fenômenos de imigração.
“Embora os efeitos do primeiro bloco sejam mais perceptíveis, os resultados do segundo bloco são tão, ou mais severos, pois afetarão completamente a maneira como vivemos”, alerta o professor.