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COMÉRCIO:
Vendas altas revertem prejuízos!
O setor conseguiu recuperar e equilibrar as perdas da pandemia
Publicado em 12/11/2020 às 15:16 Italo
Vendas altas revertem prejuízos!

As vendas no comércio cresceram 0,6% em setembro frente ao mês anterior, o que representa a quinta alta mensal consecutiva do setor desde maio. No acumulado do ano 2020, o setor conseguiu se recuperar e equilibrar as perdas da pandemia do novo coronavírus. Os dados constam da PMC (Pesquisa Mensal de Comércio), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (11). Apesar do ritmo de crescimento, o resultado de setembro aponta uma desaceleração em relação às altas constatadas nos meses anteriores — agosto (3,1%), julho (4,7%), junho (8,7%) e maio (12,2%). De janeiro a setembro de 2020, o varejo conseguiu reverter o impacto da pandemia e agora registra estabilidade (crescimento zero), depois de seis meses no campo negativo. Segundo Cristiano Santos, gerente da pesquisa, a desaceleração é como se a série estivesse voltando à normalidade. “Trata-se de uma diminuição do ritmo de crescimento nos volumes do varejo nacional. A desaceleração é natural e representa uma acomodação, porque as quedas de março e abril foram muito expressivas, o que fez com que os meses seguintes de recuperação também tivessem altas intensas”, analisa. Na comparação com setembro de 2019, o comércio cresceu 7,3%. Santos também destaca o desempenho forte do trimestre que se encerrou em setembro. Em comparação com o trimestre anterior, foi registrada alta de 17,2%, recorde da série histórica iniciada em 2000. “Isso ocorreu, porque os trimestres anteriores apresentaram desempenho muito baixo: -1,9% no primeiro e -8,5% no segundo. Em relação ao terceiro trimestre de 2019, o aumento é de 6,3%, a maior alta desde 2014”, ressalta o gerente da pesquisa.

CRESCIMENTO POR SETORES

O IBGE diz que, entre as oito atividades pesquisadas, cinco tiveram alta em setembro: - Livros, jornais, revistas e artigos de papelaria (8,9%); - Combustíveis e lubrificantes (3,1%); - Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,1%); - Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (1,1%); - Móveis e eletrodomésticos (1,0%). Por outro lado, três setores pressionaram o desempenho do comércio negativamente: Tecidos, vestuário e calçados (-2,4%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,6%); e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0.4%). “A atividade de livros, jornais, revistas e artigos de papelaria, embora continue negativa em indicadores, como o acumulado do ano e nos últimos 12 meses, teve uma recuperação grande em setembro. Já a de Artigos farmacêuticos médicos, ortopédicos e de perfumaria teve uma trajetória claudicante nos últimos meses e em setembro chegou a 2,1%. Móveis e eletrodomésticos e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, continuam com crescimento. Parte desse desempenho pode estar relacionado à ida ao home office, embora já estejamos vivenciando a abertura”, explica Cristiano Santos, gerente da pesquisa.

FONTE: Agências de Notícias/Economia

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