Coluna Italo

(44) 99941-8859
Anúncio - JARDIM COLORADO 2
Anúncio - BILINGUE SET A DEZEMBRO 2022
Anúncio - banner mobile rodape
Anúncio - Emporio mobile
Anúncio - banner rodape
CARLA BORGES
Ela é quem pilota o avião presidencial!
Capitã da FAB é a primeira mulher a pilotar avião presidencial!
Publicado em 10/01/2019 às 08:27 Italo
Ela é quem pilota o avião presidencial!

A realização de um sonho exigiu muito treinamento e responsabilidade para a capitã Carla Borges, da Força Aérea Brasileira (FAB). Aos 35 anos, ela é a primeira mulher a pilotar um avião presidencial!

“Eu me sinto muito honrada de estar cumprindo essa missão de transportar a maior autoridade que nós temos no País. Foi necessário muito preparo e dedicação para ter chegado até aqui”, afirma a capitã.

SONHO DE CRIANÇA REALIZADO!

O fascínio pela aviação surgiu durante a infância da militar, nascida na cidade de Jundiaí (SP). “Desde criança sempre fui apaixonada por aviões. Era aquela criança que era encantada. Sempre que passava um avião, eu ficava olhando para o céu, procurando”, conta.

A trajetória de Carla sempre foi marcada pelo pioneirismo antes de chegar à cabine do Airbus A319 que transporta o presidente da República Jair Bolsonaro. Ingressou na academia da FAB em 2003, na primeira turma de mulheres aviadoras, e fez o curso de aviação de caça entre 2007 e 2014. Lá, tornou-se a primeira mulher a fazer um voo solo no caça AMX.

Entrar em uma profissão dominada por homens nunca foi um empecilho para a militar, apesar da estranheza inicial com a turma de mulheres aviadoras. “Eles não estavam acostumados, mas eu sempre fui tratada como igual, como outro piloto, sem nenhum tipo de preconceito”.

Carla acredita que sua trajetória pode motivar outras mulheres na carreira da aviação. Atualmente, a FAB contabiliza, em todos os setores, cerca de 11 mil mulheres, 16% do efetivo total. “Depois da minha turma, diversas outras mulheres ingressaram na academia. Foi só o início, nós abrimos as portas”.

Para chegar ao seleto grupo de pilotos do avião presidencial, Carla precisou passar por seleção e treinamentos rigorosos. Além de curso em simulador e 150 horas de voo na aeronave, o piloto precisa ser aprovado por um conselho para integrar o Grupo de Transporte Especial (GTE).

“Foi muito tempo de estudo e preparo para ter chegado aqui onde eu estou. Estou muito orgulhosa, muito emocionada de estar aqui neste voo”, disse.

Carla também foi a primeira mulher a integrar o Esquadrão Escorpião, localizado no estado de Roraima, que emprega o modelo A-29 Super Tucano na defesa das fronteiras do País. O pioneirismo se repetiu, dessa vez, quando ela se tornou a primeira mulher a chegar ao seleto grupo da aviação de caça.

Em pouco mais de dez anos de carreira, Carla acumulou mais de 1,5 mil horas de voo no comando de nove modelos diferentes de aeronaves. Durante todo esse período, ela disse não ter sentido diferença de gênero no tratamento entre os colegas militares dentro da FAB.

Apesar disso, a capitão recorda o fato de, ainda na primeira turma de mulheres aviadoras, em 2003, compor um grupo de apenas 20 mulheres em um universo de 180 pessoas. A Força Aérea Brasileira só passou a aceitá-las na corporação a partir de 1982.

“Vejo que as pessoas estão valorizando mais a presença feminina na Força Aérea, não porque tem diferença entre os pilotos, mas para mostrar para as mulheres que (elas) têm essa possibilidade”.

HONRA DE TRANSPORTAR A MAIOR AUTORIDADE

“Me sinto honrada de cumprir essa missão de estar transportando a maior autoridade de um País”, afirma Carla. “Foi necessário muito preparo e dedicação para chegar onde eu estou, como comandante, podendo pilotar a aeronave presidencial”.

Diferente do voo em uma aeronave de caça, quando decolava sozinha com o avião armado para as missões de ataque e interceptação, por exemplo, a comandante viaja agora com mais dois pilotos, dois mecânicos, um especialista em comunicações e quatro comissários. Uma configuração básica de tripulação prevista pelo Grupo de Transporte Especial (GTE).

Criado junto com o surgimento do então Ministério da Aeronáutica em 1941, ainda como uma seção de transporte especial no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, recebeu a denominação de GTE em 1956. Com a transferência da capital federal para Brasília, a unidade também migrou para o Centro-Oeste em 1960 para continuar a atender a Presidência da República.

“A diferença é muito grande. O tipo de voo é diferente. A aviação de caça tem um voo com objetivos diferentes. Na aviação do transporte de autoridades, preza-se mais pela tranquilidade do voo. É muito mais cuidadoso para evitar qualquer tipo de distúrbio, turbulências, para realmente dar conforto para a autoridade, que muitas vezes está trabalhando a bordo”, explica a capitão.

O A-319 presidencial, batizado de “Santos Dumont”, em uso desde 2005 na FAB tem uma configuração diferenciada que permite mais autonomia, mas é semelhante ao A-319 utilizado na aviação comercial brasileira. “É uma aeronave muito automatizada, então necessita de um estudo muito grande, um preparo, de como funciona cada equipamento, como interage com os demais”, explica a aviadora. Devido aos sistemas embarcados da aeronave, uma das principais funções do piloto é gerenciar o voo.

GRUPO SELETO

O grupo de pilotos que integra o quadro de tripulantes dessa unidade da FAB é seleto. Para ingressarem, os pilotos são submetidos a um conselho operacional em que participam os chefes dos esquadrões (são três) e das seções envolvidas.

De acordo com o Comandante do GTE, Coronel Marcos Aurelio Vilela Valença, para atuar nesta unidade o perfil do aviador precisa atender a determinados requisitos. Além da competência operacional, o comportamento é levado em consideração. “Buscamos pilotos que tenham uma maturidade profissional”, explica o coronel. Normalmente, os aviadores aceitos estão no posto de capitão ou major. Cada integrante pode permanecer por até sete anos neste quadro de tripulantes”.

PESQUISA E TEXTO: Italo Fábio Casciola

FONTE: Agência Força Aérea

WWW.COLUNAITALO.COM.BR

Capitão da Força Aérea Brasileira, Carla Borges é primeira mulher a pilotar o avião presidencial.

Carla no Esquadrão Escorpião, no estado de Roraima, na defesa das fronteiras do Brasil.

Admirem as imagens internas e externas do moderno Airbus A319 que transporta o presidente da República Jair Bolsonaro.

Anúncio - banner lateral vinho novo
Anúncio - BILINGUE SET A DEZEMBRO 2022
Anúncio - banner lateral
Anúncio - Instituto do Coração
Comentários
Veja também