ROLLS-ROYCE
Uau! O carrão mais caro do mundo!
O que acontece quando você é um fabricante de carros de extremo luxo e um de seus melhores clientes encomenda um automóvel completamente feito sob medida, sem se importar com quanto dinheiro vai gastar? Você aceita o pedido, é claro!
Este é o Rolls-Royce Sweptail, um exemplar único no mundo que custou £ 10 milhões –nada menos que o equivalente a R$ 41 milhões!!!
Mas o que um carro pode ter de tão especial para custar tanto? Para começar, bem, ele é um Rolls-Royce. Mas ainda: um Rolls-Royce Phantom Coupé, antes de sair de linha no ano passado, partia de cerca de £ 350 mil, o que dá pouco mais de R$ 1,4 milhão em conversão direta. Daria para comprar quase 30 exemplares do Phantom com o dinheiro que custou o Sweptail.
Acontece que o Rolls-Royce Sweptail é único: não haverá, nunca, outro igual! Quem o encomendou foi um verdadeiro connoisseur dos Rolls, que em 2013 procurou a fabricante para dar forma à sua visão de como seria um cupê de dois lugares inspirado pelos carros da marca nas décadas de 1920 e 1930. Não foi um modelo específico, e sim uma mistura de influências – especialmente dos modelos aerodinâmicos, como o Rolls-Royce Phantom “Round Door” construído pela carrozzeria Jonckheere; ou o Rolls-Royce Phantom II Two Door Light Saloon, feito pela Gurney Nutting.
Da mesma forma que estes ícones de outrora eram comprados apenas no chassi e depois recebiam carrocerias feitas sob encomenda, o Sweptail começou sua vida como o monobloco de um Rolls-Royce Phantom Coupe – algo que é perceptível apenas pelo para-brisa e pelas colunas A, pois todo o resto do carro é completamente diferente — e fruto de quatro anos de desenvolvimento conjunto entre o dono e a Rolls-Royce.
Detalhes do processo não foram divulgados, pois este tipo de cliente gosta de absoluta discrição, mas a companhia diz que o homem deu as ideias iniciais e participou ativamente de seu refinamento.
O resultado é um carro completamente feito sob medida, o mais próximo possível do desejo de seu dono, apresentado no Concorso d’Eleganza Villa d’Este, que aconteceu em maio do ano passado. E ele, claro!, roubou a cena!
Seu perfil parte da silhueta do Phantom Coupé e, na verdade, o formato das janelas traseiras e dos painéis laterais da carroceria fazem referência às formas originais do carro, como em uma indicação sutil de sua plataforma original.
Dito isto, o visual de todo o resto do carro é radicalmente diferente. Começando pela dianteira, que traz a maior grade já colocada em um Rolls-Royce moderno, usinada a partir de uma única peça de alumínio e toda polida à mão.
Os faróis são duplos: duas unidades retangulares escondidas em reentrâncias na dianteira, e dois faróis circulares sob elas, em uma face de cor mais escura que o restante da carroceria. Repare no “08” na parte inferior da grade: aquilo é a placa do carro. Sim, são dois números feitos de metal, pois a Rolls-Royce não queria quebrar a limpeza visual do Sweptail com um pedaço de plástico igual ao de todos os outros carros que circulam pelo Reino Unido.
Voltando às laterais: o dono do Sweptail, entusiasta de iates, queria que o carro refletisse esta paixão e, por isto, as laterais avançam em direção ao assoalho, remetendo ao casco de um barco de luxo. As rodas, curiosamente, não foram feitas sob medida e são iguais às do Phantom Coupe.
O perfil de fastback leva à traseira, com linhas que avançam em direção ao eixo longitudinal do carro, que conserva as lanternas do Phantom, ligadas por uma superfície em forma de “U”, também mais escura que o restante da carroceria. A “placa” traseira do carro fica no lugar tradicional, também reduzida a dois números de metal.
O vigia traseiro do carro nada mais é que a parte final do enorme teto de vidro que, de acordo com a Rolls-Royce, é o maior e mais complexo já instalado em um carro. O vidro revela um deque traseiro cuidadosamente esculpido em madeira e metal, assim como todo o restante do interior.
O visual do lado de dentro do carro é minimalista e limpo mas, ao mesmo tempo, exala luxo e sofisticação. Madeiras de ébano macassar e nogueira da Nova Guiné, uma delas bastante escura e a outra, bem clara – padrão repetido na escolha dos couros que revestem painel, bancos e portas, Mocassin e Dark Spice.
Atrás dos bancos há uma enorme área revestida de madeira, com detalhes em vidro e metal escovado, para acomodar bagagem (ainda que, provavelmente, ninguém vá colocar bagagem ali). Uma passarela percorre todo o perímetro do carro, partindo do centro do deque traseiro e indo até as extremidades do para-brisa. A madeira folheada de ébano macassar toma conta da área, enquanto o paldao reveste o teto e a parte interna das colunas.
O painel de instrumentos traz mostradores analógicos com ponteiros e números de titânio, enquanto os comandos ficam todos escondidos por trás de uma porta quando não estão sendo utilizados.
Dentro das portas há dois compartimentos secretos que, abertos, revelam duas maletas em fibra de carbono e couro feitas sob medida para o laptop do dono, combinando com um jogo de quatro malas que cabem perfeitamente no porta-malas.
Já o console central abriga um cooler feito sob medida para o champanhe favorito do cliente (engarrafado no ano do seu nascimento), acompanhado de duas taças de cristal. O mecanismo do cooler faz com que, ao abrir a tampa, a garrafa de champanhe se incline no ângulo perfeito para ser retirada.
Com tantos detalhes, acabamos nem falando do motor: trata-se de um V12 de 6,75 litros e 460 cv capaz de levar o Sweptail, que pesa mais de 2.500 kg, até os 100 km/h em menos de seis segundos.
Mas a gente sabe que, em carrões como este, bom desempenho não é mais que uma obrigação: estamos falando de uma invenção automotiva criada com o potencial, a beleza e o luxo para ser o carro mais caro do planeta por muitos e muitos anos... Quem viver, verá!
FONTE: Com informações do https://www.flatout.com.br/