UM SHOW NO CÉU!
Hoje vai chover estrelas cadentes!
"As Geminídeas começaram a aparecer em meados do século 19. No entanto, as primeiras chuvas não eram tão significativas, com apenas 10 a 20 meteoros visíveis por hora", explica a Nasa em nota oficial.
"Desde então, as Geminídeas aumentaram e se tornaram uma das chuvas (de meteoros) mais importantes do ano. Durante seu pico, podem ser observados 120 meteoros por hora em condições perfeitas (para visibilidade)", acrescenta.
COMO OBSERVAR AS GEMINÍDEAS?
Os lugares mais afastados das cidades são os melhores para observar o espetáculo - e qualquer outra chuva de estrelas.
No caso das Geminídeas, nesta sexta-feira 14 de dezembro, quando o fenômeno atinge seu ápice, a Nasa recomenda esperar a Lua se por, uma vez que a luz do satélite pode ofuscar os meteoros menores, que são os mais numerosos.
"Encontre o lugar mais escuro possível e aguarde cerca de 30 minutos até que seus olhos se adaptem à escuridão. Evite olhar para o celular, já que isso vai prejudicar sua visão noturna”.
A recomendação é escolher um lugar confortável para deitar e olhar para o céu com atenção e paciência.
De acordo com a Nasa, o fenômeno será visível em todo o mundo, mas tende a favorecer o hemisfério norte. O pico está previsto para as 10h30 da manhã (horário de Brasília) de 14 de dezembro e deve durar 24 horas. No auge, a previsão é que haja até 100 meteoros por hora.
Na prática, quem estiver na escuridão do campo ou da zona rural vai conseguir observar mais de 1 por minuto. "As pessoas na periferia das cidades vão observar menos, de 30 a 40 por hora, dependendo das condições de iluminação", acrescenta a Nasa.
Já aqueles que estão em grandes centros urbanos não vão conseguir ver praticamente nada. "Céu limpo e escuro é o ingrediente mais importante para contemplar as chuvas de meteoros", diz a agência espacial.
O COMETA 46P/ WIRTANEN
Neste ano, haverá um bônus. Será possível observar o cometa 46P/ Wirtanen, que se aproxima da Terra - uma pequena luz verde "fantasmagórica" na constelação de Touro.
A ORIGEM
Todos os anos a Terra passa pela órbita de "um objeto estranho e rochoso" conhecido como 3200 Phaeton, repleta de fragmentos lançados pelo próprio corpo celeste.
Esse rastro de poeira entra em combustão em contato com a atmosfera da Terra, gerando o que visualmente se traduz em uma enxurrada de "estrelas cadentes".
A origem de Phaethon, no entanto, não é clara para os cientistas. Ele é classificado como um asteroide próximo à Terra ou como um cometa extinto.
"Há outro objeto, um asteroide do tipo Apollo chamado 2005 UD, que está em uma órbita dinamicamente semelhante ao Phaethon, o que gera especulações de que os dois faziam parte de um corpo celeste maior que se separou ou colidiu com outro asteroide", explica a Nasa.
De acordo com a agência espacial americana, as Geminídeas podem ser os destroços deste episódio de colisão que ocorreu há muito tempo.
FONTE: Nasa