Norospar conscientiza sobre a importância da doação de órgãos
É totalmente compreensível o momento de angústia e de dor diante da perda de um ente querido. Mas é preciso entender que há a possibilidade de uma pessoa querida que se foi ajudar até sete pessoas a continuarem vivendo.
Esta foi uma das informações apresentadas por equipes da Norospar num trabalho de conscientização realizado no último dia (27), em frente à instituição, na Avenida Ipiranga, em Umuarama.
Enquanto recebiam informações, homens e mulheres de todas as idades eram convidados a aferir a pressão arterial e realizar exames de glicemia, gratuitamente. Houve o apoio da Unipar (Universidade Paranaense) na ação, realizada.
Num primeiro momento, o tom foi de comemoração. É que ao longo dos últimos anos (2011 a 2016) o número de órgãos doados no Paraná apresentou um crescimento de 156%. Existe a possibilidade de um novo recorde agora em 2017.
Nesse ritmo, segundo a Central Estadual de Transplantes (CET-PR) é possível que num futuro próximo os paranaenses se tornem os maiores doadores de órgãos no País.
A Norospar faz parte desse saldo positivo porque mantém uma comissão intra-hospitalar atuante na captação de múltiplos órgãos, procedimento que mobiliza vários profissionais especializados, que se unem às equipes da CET.
A iniciativa também serviu de alerta. A fila de pessoas que travam uma luta contra o tempo e, assim, continuarem vivas, segue grande. Para cada doação feita no Paraná há seis pessoas à espera de um órgão.
Segundo dados da Secretaria de Saúde, de janeiro a julho deste ano foram doados 288 órgãos no Estado, período no qual foram realizados ainda 484 transplantes. À espera de uma doação, porém, ainda estão 1.677 pacientes, principalmente rim (1.399), fígado (113), córneas (97) e pâncreas (31).
“Quanto mais informações, melhor, porque isso ajuda a combater o preconceito e o receio das famílias”, destacou a enfermeira Danusa Goin, que preside a comissão intra-hospitalar da Norospar.
De posse de dados da CET, Danusa informou que a recusa familiar, que entre 2011 e 2015 foi o principal motivo para a falta de doações, respondendo por 78,7% das rejeições, hoje ocupa o segundo posto, com 32,1% das rejeições, atrás da falta de condições clínicas (39%).
LUTA CONTRA O TEMPO
Uma grande dificuldade que a CET-PR tem para conseguir doadores é justamente a condição em que o paciente precisa estar para que seus órgãos possam ser doados. Além de constatada a morte encefálica, o coração do doador tem que estar ainda batendo para que seus órgãos possam ser captados.
É uma corrida contra o tempo. No caso do fígado, por exemplo, os médicos e enfermeiros têm em torno de 8 horas para retirar o órgão do doador e realizar o transplante, enquanto no caso dos rins o período é um pouco maior, perto de 24 horas.
Informações e fotos Assessoria Salla