ECOLOGIA É O TEMA DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE
A Campanha da Fraternidade é uma iniciativa da CNBB realizada todo ano durante a Quaresma desde 1962, quando foi criada pelo primeiro bispo auxiliar e administrador apostólico de Natal (RN), dom Eugênio de Araújo Sales. Quase sempre o tema é ligado a um problema social. A ecologia, segundo a Conferência, “é a questão mais tratada” pelas Campanhas da Fraternidade da CNBB, tendo sido abordada oito vezes.
O cartaz desta nova Campanha traz cinco elementos em sua identidade visual: São Francisco de Assis, a cruz, a natureza, as cidades e a técnica da colagem.
São Francisco de Assis está em destaque no cartaz e segundo a CNBB “representa o homem novo que viveu uma experiência com o amor de Deus, em Jesus crucificado, e reconciliou–se com Deus, com os irmãos e irmãs e com toda a criação”. “Esta reconciliação universal ganha sua maior expressão no Cântico das Criaturas, composto por São Francisco há precisos 800 anos. O recorte é da obra do período barroco “Êxtase de São Francisco de Assis”, de Jusepe De Ribera”, relata a Conferência.
A cruz também está no centro e “é um elemento importante na espiritualidade quaresmal e franciscana”, declara a CNBB, pontuando que “no cartaz, ela recorda a experiência do Irmão de Assis com o crucifixo da Igreja de São Damião, em Assis, na Itália, onde Francisco ouviu o próprio Cristo que falava com ele e o enviava para reconstruir a sua Igreja”. “No início, Francisco entendeu que era a pequena Igreja de São Damião. Mais tarde, compreendeu que se tratava de algo bem maior, a Igreja mesma de Deus. A Quaresma é este tempo de reconstrução de cada cristão, cada comunidade, a sociedade e toda a Criação, porque somos chamados à conversão”, ressaltou a Conferência.
O cartaz representa “a fauna e a flora brasileiras em toda a sua exuberância” através da araucária, do ipê amarelo, do igarapé, do mandacaru, da onça pintada e das araras canindés, espécie “que ao invés de serem exploradas de forma predatória, precisam ser cuidadas e integradas pelo ser humano, chamado por Deus a ser o guarda e o cuidador de toda a Criação”, disse a CNBB.
“Os prédios e as favelas” que aparecem no cartaz, segundo a CNBB, “refletem o Brasil a cada dia mais urbano, onde se aglomeram verdadeiras multidões num estilo de vida distante da natureza e altamente prejudicial à vida”.
FONTE: CNBB – Informação e imagem – Divulgação