CHOCOLATE: PREÇO DISPARA E PÁSCOA FICA + CARA!
Com a aproximação da Páscoa, marcada para o dia 31 de março deste ano, supermercados e lojas começam a encher suas prateleiras com uma variedade de ovos de chocolate e ingredientes para produção artesanal.
No entanto, consumidores devem se preparar para gastar mais na compra desses produtos em virtude do aumento nos preços do cacau, matéria-prima essencial para a fabricação de chocolates, que atingiu valores recordes em 2024.
No Espírito Santo, um dos principais produtores de cacau do Brasil, o preço da saca do fruto dobrou em comparação com o ano anterior, passando de R$ 860 em 2023 para R$ 1.840 este ano.
Esse aumento no custo do cacau afeta diretamente os preços do chocolate, pressionando tanto consumidores, que enfrentarão preços mais altos, quanto produtores, que veem na alta uma oportunidade para melhorar o cuidado com suas lavouras.
A diminuição na oferta de cacau no mercado internacional, especialmente devido à redução da produtividade nas lavouras africanas, é apontada como a principal razão para o aumento dos preços. Problemas climáticos, impactos do fenômeno El Niño e o envelhecimento das plantações contribuíram para a queda na produção nos países da Costa do Marfim e Gana, maiores produtores globais do fruto.
Um estudo realizado pela empresa Horus revelou que, entre janeiro e fevereiro, houve um aumento nos preços de diversas categorias de chocolate no Brasil. Barras de chocolate, chocolates e bombons, e ovos de Páscoa tiveram aumentos de 11%, 10,5% e 1,8%, respectivamente.
Além disso, o grama do chocolate nos ovos de Páscoa é mais caro do que em outros itens do portfólio anual do varejo. A expectativa é que os valores comecem a ceder na semana anterior ao feriado, quando o varejo busca desfazer do estoque dos produtos sazonais.
A depender do peso do ovo de páscoa e da marca, a alta chegou a atingir a marca de 26% nos dois primeiros meses do ano.
O aumento verificado nos preços em 2024 é maior que o registrado no mesmo período de 2023, quando os ovos de Páscoa acumularam alta média de 0,4%. Isso ocorre, segundo Fercher, devido ao custo de produção da indústria, que foi influenciado pela alta das cotações do cacau, do açúcar e do leite.