O PARANÁ É O ESTADO QUE MAIS IMPORTA AZEITONAS!
Consumida em diversos pratos, com dezenas de variedades cultivadas, e usada há milhares de anos, as azeitonas fazem parte da culinária de diversos países, inclusive no Brasil. Para atender a demanda do consumo do fruto da oliveira, a indústria nacional importa anualmente mais de 67 mil toneladas do produto, com 41% deste total destinado ao Paraná, principal comprador do item alimentício no país.
De acordo com os dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o Paraná adquiriu no primeiro semestre deste ano 18 mil toneladas de azeitonas, um crescimento de 33% em comparação ao mesmo período do ano passado. Dentre as empresas que industrializam o produto no estado, a Zaeli Alimentos é uma das principais e mais antigas. Fundada em 1969 na cidade de Umuarama, as azeitonas da empresa são um dos cinco produtos mais vendidos do portfólio, representando 12% das vendas dentre seus mais de 500 itens. “A demanda dessa mercadoria é alta em todo o país.
A cultura brasileira já aceitou a azeitona como parte da sua gastronomia e hoje comercializamos o produto em todo o território nacional”, relata o diretor comercial da Zaeli, Fábio Zago. O executivo acrescenta que a previsão para o segundo semestre é de um crescimento de 20% na venda de azeitonas com as festas de fim de ano, um período que movimenta ainda mais esse mercado.
No último ano, o Brasil importou mais de 67 milhões de toneladas de azeitonas. Destas, 52% vêm da Argentina. “Nossos vizinhos são um grande produtor mundial deste item, quem tem uma qualidade diferenciada: os sabores e texturas das azeitonas produzidas nas regiões de climas quente e seco no verão e úmida no inverno, típicas da produção argentina, trazem uma acidez diferenciada para o produto e são muito apreciados na indústria brasileira”, destaca Zago.
Na Argentina são produzidas mais de 10 variedades da fruta, que mudam de acordo com o solo e clima. As mais consumidas na mesa dos brasileiros são a arauco, uma variedade conhecida por seu tamanho médio e sabor equilibrado, usadas tanto para a produção de azeite quanto para conservas de mesa; a manzanilla, que é frequentemente usada para produção de azeitonas de mesa por ter um tamanho médio/pequeno e um sabor suave; e a picual, variedade que é tradicional da Espanha, e é conhecida por sua resistência e pela alta produção de azeite.
AZEITONA NA MESA
Antes de chegarem à mesa dos brasileiros, as azeitonas passam por um processo de maturação que ocorre em terras argentinas. Direto do pé, elas apresentam um baixo teor de açúcar em comparação com outras frutas, um alto teor de óleo - que dependendo da época do ano e da espécie pode variar entre 12 e 30% - e um componente amargo (oleuropeína), que, apesar de não ser prejudicial a saúde, é eliminada nos processos de fermentação.
A azeitona é considerada uma drupa, ou seja, um tipo de fruto carnoso que tem apenas uma semente, o caroço. Suas características frescas de alto amargor e baixo teor de açúcar fazem com que ela tenha que passar por uma etapa de maturação, onde são cobertas por salmoura. Esse processo provoca a liberação dos sucos das células do fruto, formando um meio de cultura adequado para a fermentação.
Depois de passar pelo processo de fermentação, os barris são importados para o Brasil. Na indústria paranaense da Zaeli, as azeitonas ainda passam por uma seleção das frutas para garantir a qualidade e consistência em cada vidro. “Nós temos um produtor argentino fixo, garantindo que a mesma azeitona provada no ano passado, tenha o mesmo sabor da consumida neste ano. Além disso, temos um rigoroso controle de peso, consistência e textura do produto que envasamos, o que nos garante frutos 72% maiores que outros players do mercado”, conta o Diretor da Zaeli. Outro fator que garante as suas particularidades de sabor é que as azeitonas são adquiridas somente de safras anteriores à época vigente, visando a obtenção de um produto com maturação completa e uniforme.
“Isso proporciona uma polpa mais macia e saborosa”, acrescenta. Para garantir mais sabor, firmeza do fruto e texturas adequadas, a Zaeli mantém a mesma técnica de envasilhamento desde o início da sua comercialização, por meio da pasteurização. “O processo térmico com altas temperaturas substitui o uso de substâncias químicas para preservar o alimento. Com isso, priorizamos o ingrediente, qualidade do produto e uma entrega de sabor mais natural”, finaliza a responsável técnica de qualidade da Zaeli, Simone Carvalho.
SOBRE A ZAELI
A Zaeli Alimentos é uma empresa paranaense com 53 anos de história, que preza pela tradição e qualidade na fabricação de seus produtos, visando oferecer uma alimentação mais equilibrada às famílias de todo o Brasil. Sua história começou em 1969 como uma empresa varejista de arroz, atuante em Umuarama (PR) e região, e crescendo posteriormente para um parque industrial, comercializando seus produtos em várias regiões do país e exportando para América, Europa e Ásia.
A marca e seu mascote, o “Zaelinho”, já faz parte da família brasileira há muitos anos, presente em mais de 500 produtos nas 26 linhas de alimentos produzidos pela empresa. Atualmente, a marca conta com milhares de pontos de vendas por todo o país, atendidos por 15 centros de distribuição e com a parceria de 20 distribuidores. A Zaeli emprega quase mil pessoas e gera renda para milhares de famílias, entre colaboradores diretos e prestadores de serviço.