Obras da cidade favorecem portadores de deficiência
Ontem foi o Dia da Luta Nacional das Pessoas com Deficiência e há muito o que discutir sobre o assunto! Mais do que falar, ainda há muito o que fazer em termos de necessidades específicas destes brasileiros especiais.
Existem muitos aspectos que englobam as necessidades das pessoas com deficiências, desde o debate sobre inclusão social e preconceito, até o acesso à educação, ao emprego e às novas tecnologias, entre muitas outras. Diversas leis federais asseguram os direitos dos cidadãos portadores de deficiência, como cotas em empresas e concursos públicos, assim como a acessibilidade a espaços públicos e privados.
Triste realidade
Mas, infelizmente, nem tudo é colocado em prática. Ainda é fácil encontrar locais públicos sem rampas de acessibilidade, sem pisos ou barras de segurança adequadas às necessidades de idosos ou deficientes visuais. Há também as necessidades de atendimento médico, bastante específico, aos portadores de sofrimento mental.
Para Seila Gonçalves, sair de casa é sempre um desafio. Paraplégica desde a infância, Seila utiliza uma cadeira motorizada para se deslocar e explica que embora existam muitas rampas e áreas de acessibilidade por toda a cidade, também há lugares sem condições de acesso para um cadeirante. “As calçadas são irregulares e muitas vezes preciso circular pela rua, ao lado dos carros”, protesta Seila.
De acordo com a norma NBR 9050, é responsabilidade dos órgãos públicos oferecer acessibilidade e adaptação de construções, edifícios e até de mobiliário, favorecendo assim a inclusão de portadores de deficiência a qualquer espaço urbano.
Essas leis que regulamentam os projetos arquitetônicos e de urbanização foram atualizadas em 2015. Desde então, qualquer projeto público ou privado, precisa se adequar a essas normas para ser aprovado e executado.
Obras da Prefeitura Municipal
“As leis de acessibilidade são novas, mas estamos atentos a elas”, explica Jeferson Silveira, engenheiro civil e diretor da Secretaria de Obras da Prefeitura Municipal de Umuarama.
Prédios e vias públicas mais antigas tendem a não apresentar as características exigidas pelas leis atuais. Para isso, obras de adaptação devem ser executadas.
Segundo Silveira, obras de adaptação vem sendo realizadas em escolas, creches, praças, ruas e calçadas. Como exemplo, foram incluídas rampas e salas de atendimento especial em escolas de Serra dos Dourados e Santa Elisa.
“A Praça do Japão é uma obra recente que mostra a atenção da Prefeitura Municipal em fazer espaços públicos acessíveis. Ali não existem degraus, apenas rampas. Há também piso podotático e academia da terceira idade”, confirma Silveira.
Recentemente a Coluna Ítalo registrou a adaptação de calçadas e área de travessia no cruzamento entre as avenidas Castelo Branco e Flórida, onde rampas foram incluídas.
Anita Leite
Fotos exclusivas by Thais Polesi para o Portal Coluna ITALO
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Seila Gonçalves, entrevista ao Portal Coluna ITALO.