Prefeituras do Paraná usam drones no combate ao mosquito da dengue
Segundo o LIRAa (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti), os números de domicílios visitados sem possibilidade de ação dos agentes de campo (domicílios abandonados ou com recusa por parte do morador), vem crescendo significativamente, chegando a casa dos 35% em algumas regiões do Brasil.
Este é sem dúvidas um dos grandes desafios das ações de combate ao Aedes Aegypti, pois por melhor que seja a estratégia municipal de atuação, a não fiscalização destes imóveis, de números consideráveis, pode vir a impactar nos resultados e no aumento de casos das doenças transmitidas pelo vetor.
DRONE NO COMBATE A DENGUE
Uma nova tecnologia surge como grande aliada as ações e esforços para a eliminação dos focos de reprodução do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue, Febre Amarela urbana, Chikungunya e vírus Zika.
Muitas prefeituras já estão utilizam drones para sobrevoar propriedades e identificar focos do mosquito, no entanto, o potencial dos drones para essa tarefa é muito maior, integrar sistemas aéreos não tripulados com soluções de bigdata e inteligência artificial, ou até mesmo a proposta de solução definitiva, de ponta a ponta, apresentado por um dos projetos pioneiros da Aero Drone Brasil, pode tornar o trabalho das equipes de apoio em solo mais efetivo, e a mensuração dos resultados pode ser melhor acompanhada.
São inúmeros os cases de gestão pública que estão agregando, de forma a obter resultados consideráveis, o uso de drones em suas ações de combate aos focos do Aedes Aegypti. Em todas elas melhores resultados de eficiência e redução de custos são apurados.
NO PARANÁ
Com o surpreendente avanço da dengue no Paraná, municípios de todo o Estado travam uma nova batalha contra o mosquito Aedes aegypti e, com isso, soluções inovadoras têm aparecido nos radares do combate à epidemia.
Para desacelerar os números de casos dessa doença, a tecnologia passou a fazer parte da força-tarefa contra o mosquito. Um sistema que vem sendo utilizado é o SigWEB. Por meio de imagens aéreas captadas por drones, a plataforma faz um mapeamento detalhado dos bairros e identifica, em tempo real, possíveis focos de criadouros do mosquito transmissor de dengue, Zyka e Chikungunya.
Após o mapeamento dos bairros onde há prováveis criadouros, as informações são direcionadas a um aplicativo de celular que os agentes de endemias utilizam diariamente. O agente vai até o imóvel para averiguar a situação, preenche um boletim de vistoria informando qual a atitude tomada e, se for necessário, encaminha o caso para o setor de endemias avaliar e notificar o proprietário.
Vale ressaltar que além dos terrenos, o sistema faz o mapeamento de piscinas, considerado um criadouro importante do mosquito da dengue.
A solução tecnológica, já tem mostrado resultados positivos. Isso porque com a precisão oferecida pelo sistema, há mais assertividade no trabalho desenvolvido pelos agentes de combate a endemias e fiscais sanitários. Facilita o serviço, pois é uma prova do potencial de risco para dengue e, dessa forma, as prefeituras conseguem aplicar as infrações e intimar proprietários desses locais para a limpeza de forma mais ágil e eficiente.
No sistema, celeridade e atualização são palavras-chaves. Continuamente, são atualizadas as imagens aéreas dos mais de cem loteamentos da cidade, possibilitando uma análise concreta das verdadeiras situações dos locais.
FOTOS – Imagens ilustrativas internet