A tecnologia está nos afastando de quem está próximo
O calor que aquecia, a luz que permitia enxergar durante a noite, a proteção contra animais ferozes, a possibilidade de assar alimentos, de estar com a prole e acima de tudo a meditação. É, de tanto olhar para a chama, entravam em transe e recebiam mensagens fundamentais que proporcionariam a evolução da raça humana.
Já o advento da Internet e da tecnologia da informação mudou os rumos da humanidade.
Da mesma forma, quando olhamos, hoje, um ser humano em transe, desconectado do mundo exterior, ao olhar a tela do computador, do tablet ou do smartphone, acessando e se comunicando através de redes sociais, percebemos que nada será como antes!
Agora, se, quando em transe, a comunicação dos homens das cavernas era com seres superiores, espiritualmente elevados, que transmitiam mensagens para o progresso da raça humana, hoje, quando em transe, à frente da tela do computador, a comunicação do internauta não é com seres superiores, mas com seres encarnados até inferiores a ele.
Travam-se diálogos inúteis, fúteis, joga-se joguinhos que podem promover tudo, menos evolução espiritual.
Pior, a tecnologia está nos afastando de quem está próximo! Vocês já tentaram falar com um filho enquanto ele manuseia o smartphone?
Pois é, o ser humano percorreu um longo caminho para terminar sozinho!
Se estamos conectados à aldeia global, por outro lado, estamos numa redoma de vidro – cada um e o seu computador! – isolados até mesmo dentro de casa ou no meio de uma imensa multidão!
Novos tempos, novos costumes! Meu conselho é: vivamos abraçados ao computador e à web em determinados momentos. Em outros, vamos passear, andar pelas ruas, viver os cenários da cidade, encontrar os amigos, observar as flores, cantarolar as canções preferidas e dar um tempinho para ouvir os pássaros entoando hinos no alto das árvores!
Vamos conviver mais, de uma forma humanamente fraternal. E, principalmente, agradecer a Deus pelas bênçãos recebidas a cada instante e pelo pão nosso de cada dia! Isso é ser feliz: administrar bem o tempo e dividi-lo e preenchendo-o com as atividades e atitudes que resultem em mais prazer e nos façam mais felizes.
Está provado: sem internet e sem tecnologias tornou-se impossível viver hoje. Mas não é preciso ser escravo delas!!! É isso!!! (ITALO FÁBIO CASCIOLA)