Desemprego de mulheres dispara com pandemia em 2021
A perda de emprego atingiu 114 milhões de pessoas ao redor do mundo, por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). As mais prejudicadas com a perda do trabalho são as mulheres tanto no Brasil como nos demais países. Globalmente, as perdas de emprego das mulheres situam-se nos 5% contra 3,9% dos homens, conforme mostra o relatório “Monitor OIT: COVID-19 e o mundo do trabalho” da Organização Mundial do Trabalho (OIT), divulgado esta semana.
No Brasil, a situação é uma das piores do mundo. Com o fim do auxílio emergencial de R$600 (R$1.200 para mães solo) e sem nenhum outro projeto de benefício social do governo que reponha as perdas financeiras, cada vez mais mulheres deixam a força de trabalho.
Apesar da necessidade financeira, muitas trabalhadoras não têm com quem deixar seus filhos na pandemia, e cabe a elas, numa sociedade patriarcal, cuidar deles. Outras, não têm sequer dinheiro para pegar o transporte público, ou simplesmente desistiram porque entendem que será perda de tempo procurar trabalho com atual crise econômica e disputar uma vaga com mais de 14 milhões de desempregados!
O resultado desta crise econômica pode ser medido pelo resultado da Pesquisa Nacional por Domicílios (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostra que 8,5 milhões de mulheres deixaram a força de trabalho no terceiro trimestre de 2020, na comparação com o mesmo período do ano anterior.