O roqueiro que virou Rei: Roberto Carlos
Esta segunda-feira 19 de abril de 2021 marca os 80 anos do Rei Roberto Carlos. Mas antes de receber o título de nobreza da música nacional, ele foi muito rock and roll. Inclusive, foi esse o gênero que impulsionou a sua carreira de sucesso.
Depois de estrear com um disco focado na bossa nova, o “Louco Por Você”, Roberto resolveu apostar numa sonoridade que era pouca difundida no Brasil naquele início dos anos 60. Seu segundo álbum de estúdio, “Splish Splash”, de 1963, o levou a conquistar uma legião de fãs com a faixa-título e o single “Parei Na Contramão”, primeira experiência bem-sucedida com o amigo roqueiro Erasmo Carlos.
O visual de menino bem comportado de cabelo penteado com terno e gravata era inspirado no fenômeno musical dos Beatles. A fórmula deu certo e no ano seguinte ele colocou um novo disco no mercado, “É Proibido Fumar”.
“O Broto do Jacaré”, “O Calhambeque” e a faixa-título transformaram Roberto Carlos no queridinho da juventude brasileira.
Era abril de 1965 quando saiu o álbum Roberto Carlos Canta para a Juventude, com uma pegada surf music e letras “pesadas” como “História de um Homem Mau” e “Noite de Terror”. Mas o caldo sonoro começou mesmo a borbulhar quando ele “mandou tudo pro inferno” num novo disco lançado no final de 1965, intitulado “Jovem Guarda”. O disco levava o nome do programa apresentado por ele na TV Record, que aquela altura do campeonato era sucesso total de audiência.
Na cola dessa boa onda, Roberto Carlos lançou seu álbum homônimo no ano seguinte, com destaque para a faixa celestial “Eu Te Darei o Céu”. Em 1967, sai Roberto Carlos em Ritmo de Aventura, com o cantor a bordo de um helicóptero na arte de capa e embalado pelo single “Eu Sou Terrível”. O disco foi trilha sonora do filme estrelado por ele mesmo, o que ajudou a alavancar seu sucesso. A essa altura, Roberto Carlos era ídolo da juventude brasileira, maior nome do nosso rock and roll.
Então, começa a transição... Em dezembro de 1968 ele lança seu oitavo disco de estúdio e seu primeiro trabalho após deixar o programa Jovem Guarda. O “Inimitável” ainda traz resquícios do Roberto roqueiro, como na faixa “Se você Pensa”, mas a vertente era mais voltada para a soul music.
No ano seguinte, um novo álbum homônimo marca um Roberto voltado ao adulto contemporâneo, embora ainda faixas como “Não Vou Ficar” e “As Curvas da Estrada de Santos” trouxessem um vocal que lembrasse seus melhores momentos do inicio dos anos 60.
Como homenagem ao Rei, valeu recapitular o brilhante início de carreira desse genial artista que virou ídolo no Brasil e que representa com brilho especial a música brasileira em todo o mundo. Para se ter uma ideia de seu sucesso, Roberto vendeu mais de 150 milhões de discos aqui e no exterior, marca que o eleve ao topo da pirâmide como um dos cantores de maior sucesso mundial, figurando junto com lendários pops e rock stars!
ASSISTA O FILME CLICANDO AQUI: “ROBERTO CARLOS EM RITMO DE AVENTURA”
“Roberto Carlos em Ritmo de Aventura” foi lançado em 1968. É um filme leve, divertido e descontraído, no qual o cantor figura como estrela. No enredo, ele interpreta a si mesmo. Seu personagem é esperto, descompromissado, despojado e destemido (ele sobe num braço da gigantesca escultura do Cristo Redentor do Rio dee Janeiro!!!
E pilota carrões, helicópteros...).
O filme transcorre realmente em ritmo de aventuras incríveis, tremendas loucuras, que encantam quem o assiste. Além, é claro, de vibrar e c antar junto os maiores sucessos de Roberto Carlos nos tempos quentes do rock and roll! Curtam e sejam felizes!!! (ITALO FÁBIO CASCIOLA)