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AGORA DÃO VALOR...
Sem auxílio emergencial, comércio deixa de faturar R$ 50 bilhões!
Esse valor foi injetado diretamente no varejo no ano passado
Publicado em 17/02/2021 às 13:07 Italo
Sem auxílio emergencial, comércio deixa de faturar R$ 50 bilhões!

Com o fim do Auxílio Emergencial, o comércio deixou de faturar quase R$ 50 bilhões injetados diretamente em compras por pagamento digital. Segundo a Caixa Econômica Federal, somente por meio de aplicativo, o benefício movimentou em lojas e supermercados no ano passado R$ 47,6 bilhões, sendo R$ 35,5 bilhões em compras por cartão virtual e R$ 12,1 bilhões em QR Code. Mesmo com a pandemia de coronavírus, o comércio fechou o ano de 2020 com alta de 1,2%, de acordo com dados do IBGE divulgados nesta quarta-feira (10). E houve crescimento em setores como de material de construção (10,8%), móveis e eletrodomésticos (10,6%), farmácia (8,3%) e alimentação (4,8%).

SEM ELE, A QUEDA TERIA SIDO MUITO MAIOR...

Para o economista Guilherme Dietze, assessor econômico da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), o auxílio emergencial foi fundamental para o varejo e, se não houvesse o benefício, a queda teria sido muito maior. Segundo estudo da entidade, o efeito do benefício no comércio reduziu pela metade as perdas previstas no início da pandemia de coronavírus. Havia uma projeção de queda no início da pandemia de 3%. Mas com o impacto do auxílio ao longo de 2020, essa projeção subiu cinco pontos percentuais, chegando a um crescimento de 2% em São Paulo. "Porém, é importante que haja um cenário de previsibilidade a longo prazo. O que segura o consumo é o emprego. Precisa retomar a geração de emprego de forma mais forte, para que o consumo seja sustentável, não somente artificial, pelo auxílio emergencial", afirma Dietze. Ele explica que o cenário ainda é de cautela nesse início de ano, com o fim do auxílio emergencial e aumentos expressivos nos preços dos alimentos, o que diminui o poder de compra da população. "Os varejistas vão ter que ficar mais atentos para poder postergar período de promoções para continuar atraindo o consumidor que não está seguro no seu emprego e tem medo dessa segunda onda de covid."

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