Consumidor cansou do aumento abusivo de preços de alimentos
Com inflação de 4,52% em 2020, acima do centro da meta do governo, a percepção para 90% da população brasileira é de que os preços das compras no mercado e das contas aumentaram nas últimas semanas. O resultado foi apresentado em pesquisa PoderData realizada de 18 a 20 de janeiro de 2021 em 544 cidades e com 2.500 entrevistas.
Só 8% dos entrevistados acham que os gastos se mantiveram no mesmo nível, enquanto 1% diz que os preços diminuíram. Em setembro, última vez que o PoderData, abordou o assunto, 95% achavam que tudo estava mais caro.
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) , divulgado pelo IBGE, fechou 2020 aos 4,52%. O percentual ficou acima do centro da meta, que era de 4%. Mas está dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais e para menos (de 2,5% para 5,5%).
Os preços dos alimentos subiram 14,09% em 2020 e tiveram a maior contribuição com a alta da inflação no ano. Ao todo, tiveram impacto de 2,73 pontos percentuais. Os grupos de artigos de residência (6%) e habitação (5,25%) também contribuíram com a alta no índice. Parte da justificativa para o aumento dos preços dos alimentos é o pagamento do auxílio emergencial. As medidas de isolamento social também contribuíram para a queda no consumo de serviços, sobrando mais recursos para a alimentação em casa.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.