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TRISTE REALIDADE
Covid provocou outra epidemia no Brasil: a da depressão!
É o que especialistas apontam como a onda das doenças mentais!
Publicado em 18/01/2021 às 10:41 Italo
Covid provocou outra epidemia no Brasil: a da depressão!

Brasil chegou a 203.580 mortes por causa da pandemia do novo coronavírus, segundo informações do Ministério da Saúde na semana passada. O número de casos desde o início da pandemia totalizou 8.131.612. Há 720.549 pessoas com casos ativos em acompanhamento por profissionais de saúde e 7.207.483 pessoas recuperadas da doença. Mas toda a população, de alguma forma, sente os impactos da pandemia e tenta se acostumar com o novo normal. Os efeitos de uma realidade de restrições, em meio às drásticas mudanças, já são evidentes e intensificam a discussão de uma quarta onda da doença: a emergência de saúde mental como consequências da crise sanitária.

VAMOS TER UMA ONDA DAS DOENÇAS MENTAIS

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que quase 1 bilhão de pessoas vivem com transtorno mental, 3 milhões morrem todos os anos devido ao uso nocivo do álcool e uma pessoa morre a cada 40 segundos por suicídio. Com os reflexos da pandemia, os números devem piorar. O presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo da Silva relata que especialistas já perceberam um novo movimento de doenças mentais se formando. “Essa doença (covid-19) não vai ficar só na primeira onda, segunda onda e terceira onda. Nós vamos ter uma onda das doenças mentais, por vários motivos”, afirma o médico. A separação da pandemia em ondas foi inicialmente proposta pelo pneumologista do Hospital Universitário Emory, em Atlanta (EUA), Victor Tseng. Na definição do médico, a quarta onda se dá com o adoecimento mental da sociedade, quando uma série de doenças provocadas pelas mudanças bruscas e pelo medo da covid-19 geram consequências na saúde mental. Esse estágio é antecedido por outras três ondas. A primeira trata-se da pandemia em si, com os adoecimentos e mortes pelo vírus. Já a segunda se refere-se ao colapso do sistema de saúde, com a superlotação dos hospitais e a incapacidade de atendimento a todos os doentes do novo coronavírus. A terceira está relacionada ao agravamento de outras doenças crônicas pelo não tratamento durante a pandemia, fazendo com que pacientes que deixaram de lado os cuidados e consultas rotineiras em razão do isolamento social piorem o quadro clínico ou até mesmo morram. As ondas, no entanto, podem ocorrer concomitantemente, como explica o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo da Silva. O médico destaca que a quarta onda teve início quando ocorreram as primeiras mortes por covid-19. “É o momento em que começam as restrições de liberdade", pontua. “As ondas dão uma subida e, depois, começam a cair, porém, a quarta onda começa ali, ainda na primeira onda, quando começam as mortes, perdas e restrições; e continua subindo. Isso ocorre porque as doenças mentais, quando desencadeadas, permanecem por meses e, em alguns casos, por anos. Ela não vai cair, ela faz um platô e se mantém.”

CASOS DE DEPRESSÃO AUMENTARAM 90%

Para conviver com o novo vírus, a humanidade precisou abdicar das convivências sociais e as marcas tornam-se cada vez mais evidentes. Um levantamento feito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 23 estados mostra que os casos de depressão aumentaram 90% já no início da pandemia no Brasil. A doença é a principal causa de suicídio, seguida pelo transtorno bipolar e abuso de substâncias. Em suma, 96,8% das mortes por suicídio estão relacionadas a transtornos mentais.

CRISES E SURTOS DE DEPRESSÃO AUMENTARAM

Casos de crises ou surtos de ansiedade e estresse são demandas cada vez mais frequentes nos consultórios. De acordo com uma pesquisa realizada em maio pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), 47,9% dos psiquiatras entrevistados perceberam haver um aumento nos atendimentos realizados após o início da crise. Vale destacar, ainda, que 89,2% dos médicos entrevistados relataram agravamento de quadros psiquiátricos nos pacientes. O levantamento revelou, também, que 67,8% dos entrevistados receberam novos pacientes após o início da pandemia. Outros 69,3% atenderam a pacientes que já haviam recebido alta médica. A pesquisa ouviu psiquiatras de 23 estados e do Distrito Federal. “Gente que nunca teve um quadro psiquiátrico na vida começa a ter queixas por causa da situação vivenciada, esse quadro psiquiátrico vem por causa da pandemia. Depois, temos um segundo grupo, de pessoas que já tinham recebido alta e voltam a precisar de tratamento. Temos, ainda, quadros que estão sendo tratados e sofrem uma piora por conta dessa situação”, comenta Antônio Geraldo. Em pauta nas consultas, necessidade de confinamento, risco de instabilidade financeira, possibilidade de contágio e morte. “A maior parte das pessoas sentiu angústia, medo, desesperança. As relações interpessoais ficaram abaladas para uns, para outros, o isolamento por conta da doença foi o fator mais perturbador”, detalha a psicóloga Adriane Garcia, do Centro Clínico do Órion Complex.

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