Brasil vive nas cidades do interior segunda onda de infecção!
Surgiu nos últimos dias uma segunda onda de infecções pelo novo coronavírus nas cidades interioranas do Brasil, com a abertura precoce das atividades e uma maior circulação de pessoas provenientes das capitais.
Segundo Suzana Margareth Lobo, presidente da Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira), a chamada interiorização da Covid-19 vai sendo engrossada pelo fim do isolamento. Os hospitais em cidades do interior de São Paulo tiveram que abrir novos leitos e as UTIs começam a ficar cheias rapidamente.
Em Uberlândia (MG), que começou a reabrir a economia no final de abril, a virada de maio para junho registrou um salto de 72% nos casos confirmados e de 55% nas mortes pela Covid-19. Nessa cidade, 72% das mortes pela Covid-19 registradas até agora ocorreram depois da reabertura econômica. Em São João del Rei, também em Minas Gerais, houve um súbito aumento no número de casos confirmados após a reabertura, há duas semanas.
No Distrito Federal, a volta do comércio em Brasília no final de maio também levou a uma maior disseminação de casos para as cidades satélites do entorno.
No Nordeste, a região de fronteira entre Pernambuco, Bahia e Piauí é uma das que mais vêm sendo atingidas pelo fato de ter uma circulação maior de pessoas dos três estados. Como apenas 505 dos 5.570 municípios do País têm UTIs, muitos dos novos pacientes do interior precisarão agora ser transportados e atendidos em leitos nas cidades maiores.
NO PARANÁ
O número de casos confirmados de coronavírus nesse mesmo período também é alarmante. Em 31 de março, o boletim referente ao monitoramento da doença apontava 179 casos confirmados no Paraná. Dois meses depois, em 31 de maio, o informe registrou 4.687 confirmações, um aumento de 2.518%.
A Secretaria de Estado da Saúde divulgou neste domingo (14) 350 novas confirmações e 14 óbitos pela infecção causados pelo novo coronavírus. O acumulado de casos é de 9.583 e 326 mortos em decorrência da doença.