Bolsonaro corta publicidade em jornais, revistas, TVs e rádios
Adepto das redes sociais e com discurso que desqualifica grande parte da imprensa, Jair Bolsonaro usou o Twitter para anunciar demissões e corte de 45% no orçamento da Secretaria de Comunicação, a partir de 2019. Segundo o presidente eleito, a verba enxugada foi aprovada pelo Congresso e o futuro governo não pretende demandar a ampliação dos recursos.
"Informo que nosso governo não irá pleitear qualquer aumento no orçamento e trabalhará com o valor aprovado", afirmou. "Revisaremos diversos contratos e reavaliaremos o quadro pessoal da SECOM a fim de reduzir ainda mais o orçamento para 2020. Vamos mostrar, nesta e em outras áreas, na prática os benefícios da correta aplicação de recursos públicos", escreveu.
Pelo orçamento aprovado no Congresso, a Secretaria tem R$ 150 milhões para este ano ano. Segundo Bolsonaro, a redução é de 45,8% em relação aos R$ 277 milhões solicitados pelo atual governo. No total, o Orçamento 2019 prevê despesas e receitas de R$ 3,38 trilhões.
Entre outras funções, a Secom é responsável pela divulgação de ações do governo, formulação de políticas públicas de comunicação, relacionamento com a imprensa e contratos de patrocínios.
Em diversas ocasiões, Bolsonaro deixou claro que pretende fazer cortes no setor de comunicações do governo e escolheu o publicitário Floriano Barbosa para sua assessoria de comunicação especial.
Bolsonaro é experiente usuário das redes sociais para fazer anúncios e sabe o poder da internet, bem como conhece a fundo o desgaste da velha mídia (jornais impressos, revistas, rádios e TV). E sempre confessou que segue a cartilha criada pelo presidente americano Donald Trump.
Bolsonaro mantém relação tensa com a imprensa. Em uma de suas primeiras manifestações como presidente eleito, ele ameaçou publicamente não colocar publicidade oficial no jornal Folha de S. Paulo.
FONTE: Com informações da Revista Imprensa; e Agências/Brasília