Dezembro Laranja alerta sobre riscos do câncer de pele
Com a chegada do verão, a luta contra o câncer de pele ganha reforço com o lançamento da campanha Dezembro Laranja, iniciada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) em 2014. Neste ano, o tema da campanha nacional de prevenção ao câncer da pele é “Se exponha, mas não se queime”.
A ação informa sobre as formas de prevenção, com a adoção de uma série de medidas fotoprotetoras e convida a população a compartilhar nas redes sociais uma foto vestindo peças de roupa laranja com a hashtag #dezembrolaranja para a conscientização sobre o assunto.
O câncer de pele é um tumor de pele maligno, provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. “A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento de tumores cutâneos, e a maioria dos casos está associada à exposição excessiva ao sol ou ao uso de câmaras de bronzeamento”, explica Thaiz Santos Ochôa, dermatologista, prestadora de serviços no Hospital América de Mauá.
Existem três tipos de cânceres de pele: o carcinoma basocelular, mais frequente e com alto percentual de cura; o carcinoma espinocelular, de incidência média; e o melanoma, o tipo mais grave e mais raro. “Em qualquer um dos casos, a doença é curável se detectada em um estágio inicial”, esclarece a especialista.
O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) são estimados para o país, em 2018, 2.920 novos casos de câncer de pele melanoma em homens e 3.340 em mulheres. Já os casos novos de câncer de pele não melanoma estimados são 85.170 em homens e 80.410 em mulheres.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a falta de uso diário de filtro solar, a não reaplicação, achar que em dias nublados ou chuvosos não é necessário passá-lo e usar maquiagens que contenham filtro como substitutas do filtro solar são os erros mais frequentes.
Outros erros incluem usar o filtro solar só no rosto e se esquecer do corpo, se expor ao sol e querer se bronzear, fazer bronzeamento artificial e não ir ao dermatologista regularmente. “O sol não é um vilão, mas a exposição solar indiscriminada, desprotegida e intermitente pode torná-lo por ser o principal fator de risco para o câncer da pele”, lembra Ochôa.
A melhor forma de detectar uma lesão e prevenir o câncer é o autoexame no espelho e a consulta com dermatologista. “Utilizamos um dermatoscópio, que é uma lente de aumento especial com fonte de luz própria para observar a lesão, e, se houver indicação realizamos a biópsia da pele”, comenta a especialista.
Somente exame clínico ou biópsia podem diagnosticar o câncer da pele, mas é importante estar sempre atento a lesões na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente; pinta preta ou castanha que muda de cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce; e manchas ou feridas que não cicatrizam, continuam a crescer e causam coceira, crostas, erosões ou sangramentos.
Além do uso do filtro solar, existem várias formas de proteger a pele do corpo contra os raios UVA e UVB do sol. “A proteção solar deve ser feita tanto em momentos de lazer quanto de trabalho sob o sol”, afirma a dermatologista. Para quem realiza as atividades ao ar livre, o uso de equipamentos de proteção individuais (EPI), chapéus de abas largas, óculos escuros, roupas que cubram boa parte do corpo e protetores solares são itens obrigatórios diários para evitar que a exposição prolongada traga problemas de saúde.
FONTE: Das Agências